A morte de Gleyci da Silva Bonfim, de 26 anos, causou comoção e levantou graves questionamentos na tarde do último domingo (15). Ela foi encontrada sem vida, com um tiro no abdômen e outro na cabeça, dentro de sua própria residência. O principal ponto de investigação é o paradeiro do marido da vítima, um policial militar, cujo nome não foi oficialmente divulgado.
De acordo com relatos de vizinhos, após o ocorrido, o policial afirmou que iria a um hospital em busca de atendimento. Entretanto, familiares de Gleyci disseram que ele retornou à casa mais tarde para recolher seus pertences e logo depois desapareceu. O policial está atualmente lotado na 16ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Comércio).
Os familiares da vítima, ainda profundamente abalados, concederam declarações à reportagem e confirmaram que, durante sua última visita à residência, o homem levou a arma e as munições de sua posse, além do celular de Gleyci. A Polícia Militar confirmou o recolhimento de duas armas pertencentes ao PM: uma pistola de uso particular e outra que faz parte do armamento oficial da corporação. No entanto, não foi informado quantas armas ele possuía ao todo.
As circunstâncias da morte de Gleyci ainda são investigadas pelas autoridades competentes. A ausência do policial, somada às ações registradas após o crime, tem intensificado as suspeitas em torno de seu possível envolvimento. Familiares e amigos pedem respostas e justiça para o caso. “Nós queremos saber o que aconteceu com a Gleyci. Não vamos descansar enquanto não tivermos todas as respostas”, declarou um parente, que preferiu não se identificar.
Veja a nota da Polícia Civil na íntegra:
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Salvador) investiga as circunstâncias da morte de Gleice da Silva Bonfim, 26 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de sua residência, em um condomínio no bairro Bonfim, com sinais de disparo de arma de fogo. Como a arma utilizada não foi encontrada no local do crime, mas entregue horas depois na unidade policial por uma guarnição da PM, a investigação não descarta a hipótese de feminicídio. Foram expedidas as guias para perícia e remoção do corpo, enquanto oitivas e diligências são realizadas. Enquanto isso, a polícia aguarda os laudos periciais para conclusão do inquérito.
Do Ver-o-Fato, com informações do Correio Brasiliense