A Polícia Militar do Pará e sua área de inteligência entraram em estado de alerta nesta noite de sábado,6, por volta das 21h00, após um episódio que deixou em polvorosa o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), na avenida João Paulo II. Em um veículo identificado como uma Tucson prata, com suporte de uma motocicleta, tiros foram disparados para dentro das instalações do BPA.
Os autores: dois policiais militares, já presos e identificados, além de um civil, foragido. Os PMs são lotados no 8º Batalhão de Soure. Ainda não se sabe o motivo do atentado. A rádio-fonia do BPA deu o alerta e viaturas da PM cercaram o locaL, conseguindo prender os autores. Os dois PMs, segundo outra versão, teriam atirado não para dentro, mas para o alto das instalações do Batalhão. Eles estariam embriagados e à paisana.
Em contato com o promotor militar Armando Brasil, o Ver-o-Fato soube que os fatos ainda estão sendo devidamente apurados. “Não sei nem como eles estão vivos Mataram um policial penal ainda a pouco e eles fazem isso na frente do quartel. Quem estava dentro do BPA entendeu que estavam tentando invadir o local”, disse Brasil.
De fato, dois homens em uma motocicleta mataram a tiros no conjunto Cordeiro de Farias, no bairro do Tapanã, o agente penitenciário Adryell Gonçalves de Borborema, de 34 anos, que era lotado no Presídio Estadual Metropolitano I, em Marituba.
Chegou-se também a pensar que seria um ataque de facção criminosa contra a segurança pública, como ocorreu no final do governo passado, em que policiais militares foram mortos em pontos diferentes da Região Metropolitana de Belém. Esse temor acabou descartado. Na hora da abordagem sobre os PMs supostamente bêbados quase há troca de tiros, mas felizmente eles foram presos sem confronto armado.
Segundo Brasil, “os militares envolvidos na abordagem merecem parabéns pelo profissionalismo que demonstraram, com cabeça fria e serenidade. Esssa resposta imediata, graças a Deus, evitou uma tragédia”. Nos grupos de PMs no Whatsapp, porém, restou o alvoroço.
Os militares presos foram autuados em flagrantes na Corregedoria da Polícia Militar, onde estão presos. Devem ser submetidos à audiência de custódia, neste domingo.
Esses militares serão enquadrados no Artigo 150 do Código Penal Militar (CPM), de 1969, que assim define a prática delitiva:
“Organização de grupo para a prática de violência – Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material bélico, de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar sujeito ou não à administração militar:
Pena – reclusão, de quatro a oito anos”.


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