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Éder Mauro, o
delegado de polícia que se elegeu deputado federal pelo PSD, sabe
que apenas o suposto apoio popular não basta para chegar onde
imagina: a prefeitura de Belém. Para encarar uma disputa eleitoral
em 2016, num quadro político hoje confuso e sob desconfiança das
ruas, é preciso fazer alianças políticas e buscar recursos para
bancar as despesas de campanha.
delegado de polícia que se elegeu deputado federal pelo PSD, sabe
que apenas o suposto apoio popular não basta para chegar onde
imagina: a prefeitura de Belém. Para encarar uma disputa eleitoral
em 2016, num quadro político hoje confuso e sob desconfiança das
ruas, é preciso fazer alianças políticas e buscar recursos para
bancar as despesas de campanha.
Isso, pelo visto,
aparentemente, não irá lhe faltar. O PMDB, partido controlado há
décadas pelo atual senador e ex-governador Jader Barbalho, flerta
com o delegado e já o apoia discretamente, abrindo espaços no
jornal que é pau e pedra para toda obra pesada: o Diário do
Pará.
aparentemente, não irá lhe faltar. O PMDB, partido controlado há
décadas pelo atual senador e ex-governador Jader Barbalho, flerta
com o delegado e já o apoia discretamente, abrindo espaços no
jornal que é pau e pedra para toda obra pesada: o Diário do
Pará.
É um apoio, porém,
perigoso e sujeito a algumas inconveniências. Uma delas é a de
manter o candidato refém das vontades de Jader e de seu jornal, cujo
humor impresso é tabelado no mercado da subserviência. O elogio de
hoje pode ser o ataque virulento de amanhã. Que o diga um
importante quadro partidário da casa, o deputado federal José
Priante, que só não se elegeu prefeito de Belém, em 2008, porque
literalmente foi boicotado dentro do próprio PMDB.
perigoso e sujeito a algumas inconveniências. Uma delas é a de
manter o candidato refém das vontades de Jader e de seu jornal, cujo
humor impresso é tabelado no mercado da subserviência. O elogio de
hoje pode ser o ataque virulento de amanhã. Que o diga um
importante quadro partidário da casa, o deputado federal José
Priante, que só não se elegeu prefeito de Belém, em 2008, porque
literalmente foi boicotado dentro do próprio PMDB.
Priante não cedeu à
tutela de Jader e o Diário, por meio de Jader Filho,
conspirou para derrotá-lo. Quando Priante precisava do apoio do
jornal, este decidiu ficar “isento”. Priante já tinha ido para o
sacrifício, em 2006, ao lançar-se candidato ao governo do Estado e
seus 438.071 votos impediram que Almir Gabriel – então inimigo
paroquial de Jader – tivesse a chance de vencer a senadora Ana
Júlia Carepa (PT) ainda no primeiro turno. Ela derrotou Almir no
segundo turno e, para obter a vitória, teve em Priante um decisivo
aliado.
tutela de Jader e o Diário, por meio de Jader Filho,
conspirou para derrotá-lo. Quando Priante precisava do apoio do
jornal, este decidiu ficar “isento”. Priante já tinha ido para o
sacrifício, em 2006, ao lançar-se candidato ao governo do Estado e
seus 438.071 votos impediram que Almir Gabriel – então inimigo
paroquial de Jader – tivesse a chance de vencer a senadora Ana
Júlia Carepa (PT) ainda no primeiro turno. Ela derrotou Almir no
segundo turno e, para obter a vitória, teve em Priante um decisivo
aliado.
O PSD é um partido
pequeno e sem densidade eleitoral em Belém. Mas, se vier a
abrigar-se sob o guarda-chuva coligado do PMDB, a vida de Éder Mauro
não será nada fácil. O partido de Jader tem problemas internos e
gente que não parece disposta a abrir mão de encarar a disputa pela
cadeira de prefeito. É o caso, por exemplo, do próprio deputado José
Priante, que tem eleitorado forte em Belém e terá de ser ouvido
por Jader antes de o PMDB decidir se apoiará um candidato de outra
legenda.
pequeno e sem densidade eleitoral em Belém. Mas, se vier a
abrigar-se sob o guarda-chuva coligado do PMDB, a vida de Éder Mauro
não será nada fácil. O partido de Jader tem problemas internos e
gente que não parece disposta a abrir mão de encarar a disputa pela
cadeira de prefeito. É o caso, por exemplo, do próprio deputado José
Priante, que tem eleitorado forte em Belém e terá de ser ouvido
por Jader antes de o PMDB decidir se apoiará um candidato de outra
legenda.
Por telefone,
procurado pelo blog Ver-o-Fato, Priante, ao ser perguntado se
apoiaria Éder Mauro, foi incisivo e, ao mesmo tempo, revelador:
“sou pré-candidato à prefeitura de Belém”. Curtindo o último
dia do recesso parlamentar no Rio de Janeiro, o deputado emendou que
o PMDB “não precisa ter um candidato de fora do partido se tem ele
(Priante) com chance de derrotar Zenaldo Coutinho”.
procurado pelo blog Ver-o-Fato, Priante, ao ser perguntado se
apoiaria Éder Mauro, foi incisivo e, ao mesmo tempo, revelador:
“sou pré-candidato à prefeitura de Belém”. Curtindo o último
dia do recesso parlamentar no Rio de Janeiro, o deputado emendou que
o PMDB “não precisa ter um candidato de fora do partido se tem ele
(Priante) com chance de derrotar Zenaldo Coutinho”.
Como se vê, um ano
e dois meses antes da eleição, Éder Mauro ainda não testou o
próprio estômago na arte de engolir sapos. No PMDB paraense – e o
delegado-deputado precisa aprender isso -, o sapo está mais
preparado para engolir candidatos, até mesmo de fora da legenda, do
que ser engolido por eles.
e dois meses antes da eleição, Éder Mauro ainda não testou o
próprio estômago na arte de engolir sapos. No PMDB paraense – e o
delegado-deputado precisa aprender isso -, o sapo está mais
preparado para engolir candidatos, até mesmo de fora da legenda, do
que ser engolido por eles.
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