Uma equipe de astrônomos da Universidade de Harvard, no estado de Massachusetts, Estados Unidos, avistou um planeta rochoso com três sóis que pode ter uma atmosfera. A equipe utilizou dados do Satélite de Pesquisas de Exoplanetas em Trânsito (TESS, sigla em inglês), da Nasa.
Isso poderia nos dar uma ideia sobre as condições em planetas interestelares, que, como a Terra, têm suas atmosferas. Porém, infelizmente, essa “super Terra” é simplesmente quente demais para conter as condições de vida.
O planeta tem 1,38 vezes o tamanho da Terra e fica a mais de 22 anos-luz de distância. Quanto à chance de o planeta apresentar oxigênio em sua atmosfera, a pesquisadora Jennifer Winters não se mostra muito esperançosa. “Não está na zona habitável de sua estrela, está muito perto e muito quente; mas se é possível que exista oxigênio na atmosfera que possa vir de outras fontes além da vida, é bom saber”.
Mesmo assim, o estudo do planeta é extremamente válido. “É um dos melhores exemplos de um planeta rochoso que talvez tenha uma atmosfera que podemos estudar e ver do que é feita”. A equipe espera localizar o planeta e analisar sua atmosfera quando ele passar na frente de sua estrela principal, isso deve acontecer em alguns meses.
Se algum dia os humanos encontrarem uma forma de viajar na velocidade da luz, seriam necessários apenas 23 anos para chegar ao LTT 1445Ab, o que é relativamente próximo em termos galácticos. O LTT 1445Ab orbita uma das estrelas, enquanto o par restante percorre o céu como duas luas cheias vermelhas. O problema é que o planeta não está na zona habitável e quase certamente é quente demais para abrigar alguma forma de vida.
Mas esse mundo tri-solar ainda merece muito estudo. Para começar, é apenas um pouco maior que a Terra e é provavelmente um planeta rochoso como o nosso. É também o segundo planeta mais próximo que pode ser observado transitando sua estrela e o mais próximo que podemos ver circulando uma anã vermelha.
Isso é importante porque os planetas em trânsito oferecem aos cientistas a oportunidade de estudar atmosferas. Isso também poderia nos dar uma ideia melhor sobre as chances de encontrar vida em outras partes do universo, porque as anãs vermelhas são consideradas o tipo mais comum de estrelas. No fim das contas, o LTT 1445Ab pode ser fundamental para responder à pergunta clássica: estamos sozinhos? Fonte: Olhar Digital.
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