O deputado federal Rogério Correia (PT/MG) encaminhou uma representação à mesa diretora da Câmara dos Deputados pedindo a busca e apreensão de armas de fogo do deputado paraense Delegado Caveira (PL), que possam estar nas dependências da Casa Legislativa.
Uma foto que circula nas redes sociais mostra Caveira e o vereador de Belém, Zezinho Lima (PL) segurando um fuzil e uma pistola no gabinete do parlamentar. Segundo assessoria de Caveira, o registro seria da semana passada.
Na representação, Correia alega que “as armas foram ostensivamente exibidas a assessores e visitantes, sem qualquer registro prévio ou autorização formal da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados”.
O documento também aponta o artigo 271 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD), que determina que, “excetuado aos membros da segurança, é proibido o porte de arma de qualquer espécie nos edifícios da Câmara e suas áreas adjacentes, constituindo infração disciplinar, além de contravenção, o desrespeito a esta proibição”.
Além do pedido de busca e apreensão para a Polícia Legislativa da Câmara, o deputado solicita comunicação imediata à Corregedoria Parlamentar e apuração do caso pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, com a extração de cópias para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A equipe de reportagem do Portal Ver-o-Fato entrou em contato com o deputado Caveira, porém não obteve retorno, o espaço segue aberto para manifestações.
Já o vereador Zezinho Lima alegou que “o deputado Caveira é responsável pelos seus atos, além de ser deputado, é delegado de polícia, e o que ele tiver no gabinete dele, é de responsabilidade dele, não de um deputado de esquerda, petista, e que a gente sabe que esse ataque é direcionado porque o deputado Caveira é de direita, e porque eu também sou de direita, bolsonarista, e infelizmente a esquerda vive pra atacar as pessoas de bem desse país”, disse.
E concluiu: “Eu não vejo problema algum no que aconteceu no gabinete dele, e vamos continuar lutando e defendendo a população de bem, até porque somos armamentistas e entendemos que arma é um objeto de defesa, não de ataque”, concluiu.
