A comunidade evangélica de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo, está profundamente abalada após o brutal assassinato de uma pastora dentro do próprio templo, na noite de sexta-feira (13). Marta Alves de Oliveira foi morta a tiros pelo próprio sobrinho durante um culto no bairro Rubem Braga, chocando fiéis e moradores da região.
O crime, cometido dentro de um espaço considerado sagrado, gerou comoção entre os evangélicos, que não conseguem acreditar que tamanha violência tenha ocorrido no seio da igreja.
De acordo com informações da Polícia Militar, testemunhas relataram que o sobrinho invadiu o local onde a pastora estava e, sem dizer uma palavra, efetuou os disparos fatais. Após o crime, o homem, que não teve a identidade revelada, foi preso nas proximidades da igreja poucas horas depois, ainda resistindo à abordagem policial.
Foi necessário o uso de força e spray de pimenta para contê-lo. Ao ser detido, ele confessou o homicídio e afirmou que estava sendo ameaçado de morte pela própria pastora.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas ao chegar, apenas pôde constatar o óbito de Marta. O corpo foi encaminhado ao Serviço Médico Legal (SML) do município para ser necropsiado antes de ser liberado para os familiares.
O irmão da vítima, em depoimento à polícia, relatou que estava ao lado do sobrinho momentos antes do crime. O jovem, visivelmente alterado, teria dito que iria matar a tia. Assustado, o irmão de Marta se afastou e, logo em seguida, ouviu os disparos que tiraram a vida da pastora.
A tragédia abalou não só os frequentadores da igreja, mas toda a comunidade religiosa da região, que agora tenta entender o que levou a esse ato de extrema violência. O crime dentro da igreja, um lugar de oração e refúgio espiritual, causou um sentimento de insegurança e profunda tristeza entre os fiéis.