O desrespeito é a toda hora. As ligações perturbam, irritam e revoltam os consumidores. É cedo, ao acordar, é no meio da manhã, na hora do almoço, depois do almoço, durante toda a tarde e entra pela noite. Você atende e eles desligam. E depois voltam a ligar. Robôs também estão no esquema abusivo das operadoras.
Não falam nada. E quando falam nem pedem desculpas por perturbar você. Querem vender serviços, supostas promoções. Enfim, enchem o saco. Você não sabe a quem recorrer. Ninguém te ouve. Mas, felizmente, parece que o festival de abusos começa a ter a mão pesada, se for para valer, mesmo.
Nesta segunda-feira, 18, o Ministério da Justiça suspendeu serviços de telemarketing ativo de bancos, empresas de telefonia e de outros serviços. Em despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU), o órgão determina que não poderão ser feitos contatos com clientes para a oferta de produtos ou serviços “sem o prévio consentimento do consumidor, que somente poderá ser abordado por telefone se expressamente tiver manifestado interesse neste sentido”.
A decisão foi tomada cautelarmente em processo que averigua irregularidades das empresas com telemarketing “abusivo”.
Entre as empresas atingidas estão TIM, Vivo, Claro, Sky e Algar Telecom, instituições financeiras como Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Santander, Banco C6, Banco Pan, BMG , Safra, Crefisa, BV, Banco Mercantil, Banco Daycoval e Banco Cetelem, além de associações como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Associação Brasileira de Bancos (ABBC) , Associação Nacional dos Profissionais e das Empresas promotoras de Crédito e Correspondentes no País (Aneps) e Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcom), entre outras.
O descumprimento da medida pode levar a multa diária de R$ 1 mil. Pau nessa turma que inferniza nossas vidas. (Do Ver-o-Fato, com informações da AE)