Elias Silva – engenheiro
Há mais de 10 anos, venho pesquisando e desenvolvendo tecnologias em transportes elétricos, de forma independente, no estado do Pará. Em 2016 despertei o interesse por bicicletas elétricas, projetando e construindo modelos inovadores com objetivo de destacar nossa capacidade em, também, contribuir com uma tendência mundial no uso de transportes ecologicamente corretos e eficazes.
Lamentavelmente, um fato que não contribui com os avanços tecnológicos de século XXI, aconteceu no último domingo (23/02/2020), no Parque Estadual do Utinga, em Belém, conhecida mundialmente como o Portal da Amazônia.
Eu estive com minha bicicleta elétrica (e-bike) e fui impedido de circular com a mesma nas dependências do referido Parque. E após ser conduzido pelo segurança, motorizado, até a administração do Parque, fiquei sabendo do motivo da proibição quanto ao uso das e-bikes.
Então, fui informado pela funcionária da administração que o motivo seria em virtude das baterias poluírem o espaço ambiental, podendo inclusive ocasionar explosões. Questionei a ausência de placas nas dependências do Parque, informando sobre a devida proibição e também, maiores explicações sobre os motivos apresentados.
Após uma hora de conversa, não houve uma explicação consistente e eficaz, sobre a referida proibição e decidi sair no Parque com a intenção de procurar respostas da Coordenação Geral para este impedimento.
Já enviei manifesto, por e-mail, à Coordenação Geral do Parque do Utinga e estou aguardando as devidas respostas. Considero uma falta de conhecimento sem precedentes, pois existem diversos equipamentos nas dependências do mesmo, que possuem baterias, tais como telefones celulares, nobreaks, rádios comunicadores, patinetes elétricos. E também, motocicletas e veículos automotores.
Vale lembrar que muitas pessoas que utilizam bicicletas elétricas, possuem mobilidade reduzida e não podemos esquecer de cadeirantes com cadeiras de rodas, motorizadas.
Desde sua inauguração, em março de 2018, o Parque Estadual do Utinga continua não possuindo placas, deixando pedestres e ciclistas desprovidos de recursos informativos obrigatórios para maior conforto e principalmente, segurança.
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