Agentes da Polícia Federal realizaram esta tarde uma operação na sede do Partido Progressista (PP), integrante da coligação de apoio à reeleição do prefeito Darci Lermen (MDB). No local funciona o braço financeiro da campanha. Durante a operação, muita gente deslocou-se para a Avenida Liberdade para acompanhar a movimentação dos agentes.
O PP de Parauapebas é presidido por Keniston Braga, secretário de Finanças da prefeitura e tido no município como homem forte do governo e baluarte na campanha de Darci. Os agentes envolvidos na operação partiram cedo de Marabá, sob o comando de um delegado que não quis falar com a imprensa.
Em vídeos, populares gritaram o nome da PF e aplaudiram os agentes. “Tem muita coisa podre aí dentro, cheiro de corrupção”, disse Elias Sebastião, enquanto outro pedia que a PF investigasse crimes nas áreas de educação e saneamento. “O asfalto que botaram nas ruas não presta para nada e se esfarela com facilidade”, completou Sebastião.
Em julho passado, o Ministério Público Eleitoral (MPE) havia solicitado à Polícia Federal que investigasse suposta fraude no sistema de filiação do Partido Progressista, que causou a inclusão e desfiliação indevida de diversas pessoas, inclusive do prefeito Darci Lermen, que depois ingressou no MDB.
Em um ofício enviado à PF, o promotor de Justiça, Emerson Costa de Oliveira, que atua perante a 75ª Zona Eleitoral, pediu que fosse investigada quem foi o responsável pelas filiações sem permissão, pois é crime usar documento público ou declaração falsa para fins eleitorais. A punição para esse tipo de crime é de até 5 anos de cadeia.
A PF, porém, não informou o que foi fazer na sede do PP. A ordem de busca e apreensão foi expedida pela Justiça Federal de Marabá.

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