“Quando me olho, vejo você”. O despertar aconteceu neste último domingo, 12, na cidade de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, alcançando mulheres além dessa região, vindas de Santa Carmen, Juara e Guarantã do Norte, no Mato Grosso, além de Moraes de Almeida (PA).
Como o próprio nome do evento já diz, “Quando me olho, vejo você”, foi a cura de suas idealizadoras Cláudia Buss, que é fotógrafa em Novo Progresso e sua sócia, Jéssica Fernandes, de São Paulo, que anos atrás perceberam que era somente olhando para si mesmas que elas iriam encontrar a paz diante dos fatos de suas histórias tão sofridas, recheadas de dores, traumas e abusos que levaram ambas ao quase suicídio.
Após suas transformações, elas chegaram à conclusão de que era inviável não levar informação de autoconhecimento a outras mulheres que passam até hoje pelo que elas passaram. Diante disso, um movimento foi criado com grandes profissionais renomadas na área das curas emocionais de mulheres.
Lanterna na escuridão
Segundo as organizadoras, em conversa com o Ver-o-Fato, o evento foi além do esperado pelas suas participantes. Afinal, como elas mesmas afirmaram, quando se está no fundo do poço não se encontra a luz.
Claudia Buss e Jéssica Fernandes não lançaram apenas um movimento de cura nesta região do Pará, elas lançaram a lanterna da luz em meio à escuridão, mostrando para todas as mulheres presentes que é possível ser plena, feliz e realizada. Quem não esteve no evento jamais saberá a dimensão de transformação pela qual passaram as 130 mulheres presentes.
Além da palestra da Cláudia Buss, que falou sobre posicionamento de imagem, Jéssica Fernandes abordou o tema das repetições de padrões sistêmicos e mentais.
O brilho do evento contou ainda com as presenças das convidadas Vanessa, poeta vinda de São Paulo, que trouxe o tema sobre a auto estima e como a mente, mente. E Débora Kaefer, do Rio Grande do Sul, que tratou da cura e do olhar para o íntimo, fazendo as mulheres entenderem que sexualidade não é sexo.
Enfim, as mulheres de Novo Progresso deram o exemplo de suas experiências num evento que deveria ser copiado por outras regiões do Pará e do Brasil. Afinal, descobrir a si mesma é o caminho para se libertar de dores e da opressão, encontrando a paz.