O combate ao crime organizado mobilizou fiscais da lei e policiais, que prenderam 18 integrantes de uma organização ligada ao tráfico de drogas e assassinatos no Pará. A Operação Jerônimo investiga os criminosos já há algum tempo e desenvolveu mais uma etapa, agora culminando nessas prisões, incluindo quatro mulheres de posições relevantes no esquema.
Segundo o MP, foi dado cumprimento a sete mandados de prisão preventiva expedidos pela Vara de Combate ao Crime Organizado, nos autos dos processos judiciais 0811882-17.2023.814.0401 e 0804480-79.2023.814.0401. A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio do Grupo de Segurança Institucional/MPPA e a Delegacia de Combate às Facções Criminosas e do Núcleo de Inteligência Policial (Polícia Civil.
As prisões começaram a ocorrer no dia 27 de outubro, quando o Núcleo de Apoio à Investigação de Santarém localizou e deu cumprimento aos mandados de prisão abertos em desfavor de três mulheres faccionadas que ocupam o cargo de orientadoras gerais na Organização Criminosa (ORCRIM), sendo que uma delas foi localizada e presa em Mosqueiro.
Enquanto as três mulheres foram presas no Pará, a quarta mulher foi localizada pela Polícia Federal no aeroporto de Campinas, tentando sair do país com drogas, tendo sido presa em flagrante por tráfico ilícito de substâncias entorpecentes. Na ocasião, a Polícia Civil do Pará cumpriu contra ela o mandado de prisão preventiva expedido pela Vara de Combate ao Crime Organizado.
As buscas às faccionadas orientadoras gerais da ORCRIM prosseguiram em absoluto sigilo até que a quinta faccionada com prisão preventiva decretada na 3ª fase da Operação Jerônimo, foi localizada e presa em Xinguara-PA.
Nesta terça-feira, 31 de outubro, mais uma mulher foi presa pela articulação do Ministério Público, na cidade de Cametá-PA, onde encontrava-se atuando também como orientadora geral de facção criminosa.
Já nesta quarta-feira, 01 de novembro, a faccionada conhecida como “faixa rosa” foi presa em Campinas pela Polícia Civil, totalizando sete orientadoras gerais que saíram de sintonia e foram para detrás das grades .
Histórico da operação
Na primeira fase da Operação Jerônimo foram expedidos dez mandados de prisão preventiva com a efetivação de nove prisões de integrantes de ORCRIM que ocupavam cargos de torres em diversas cidades do Estado do Pará. Na segunda fase da operação Jerônimo, o GAECO, sempre com o apoio do GSI – MPPA e da Polícia Civil, e nessa fase também contando com a Polícia Militar, logrou êxito em prender dois integrantes da ORCRIM que ocupavam o cargo de tesoureiros gerais.
Todas as pessoas presas foram denunciadas por integrarem e exercerem funções na estrutura de organização criminosa com influência em âmbito nacional e permanecerão custodiadas à disposição do juíz