Mais de 1 milhão de mulheres exercem função de mãe e pai em lares no Pará. Esse foi o resultado de um levantamento divulgado, nesta quinta-feira (08), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA).
A pesquisa mostrou que do total de 2.840 milhões de domicílios paraenses, mais da metade (51,09%) um total de 1.451 milhões tinham a chefia masculina, enquanto que no restante (48,91%) um total de 1.389 milhões eram comandados por mulheres.
O estudo, no entanto, causou preocupação segundo o diretor do Dieese, Everson Costa. Isso porque, para além das responsabilidades com o lar, com filhos e até do parceiro, é preciso ainda que essas mulheres tenham acesso digno a ocupação e renda.
“A gente está falando que quase metade das famílias ou seja dos domicílios são liderados por mulheres que não só tem a responsabilidade de sustentar a casa, mas acabam exercendo esse papel de mãe e pai, e tem os cuidados e as preocupações com os filhos, além da participação no mercado de trabalho”, disse.
Ainda segundo o diretor, a remuneração dessas mães impacta também a sua condição. 820 mil mulheres recebem apenas um salário mínimo, o que significa dizer que sobra pouco com muitas responsabilidades, como aluguel e alimentação.
“Lembrar do Dia das Mães é também lembrar dessa falta de garantia dos direitos e ainda cobrar delas que são pilares dos lares paraenses”, conclui o estudioso.
O estudo mostrou ainda que no balanço da Região Norte, embora o estado registre o maior quantitativo absoluto de mulheres na chefia dos seus domicílios, em outra análise, o estado do Amapá apresentou a maior relação percentual de mulheres no comando dos lares, com o percentual de 53,99% (149 mil lares).
