Trânsito na estrada Raymundo Mascarenhas passou a funcionar em regime de pare e siga
À medida que a temporada de queimadas se intensifica no sudeste e sul do Pará, focos de incêndio têm atingido severamente a Floresta Nacional de Carajás, trazendo à tona preocupações sobre a preservação ambiental em um estado que sediará a COP 30, em novembro de 2025.
Belém, capital paraense, receberá o maior evento global sobre mudanças climáticas e preservação florestal, mas, enquanto isso, a Amazônia arde em chamas, com nuvens de fumaça encobrindo cidades e prejudicando a qualidade do ar.
Na última segunda-feira, 5, um incêndio de grandes proporções teve início após um veículo particular pegar fogo enquanto descia de Carajás para Parauapebas, pela estrada Raimundo Mascarenhas. As chamas, segundo informar o portal Correio de Carajás, rapidamente se espalharam para a floresta, ameaçando uma área crucial sob a responsabilidade da Vale.
Equipes de brigadistas do ICMBio Carajás, da Vale e da Guarda Florestal foram imediatamente mobilizadas para combater o incêndio. Com o auxílio de tratores, caminhões-pipa, caminhões de combate a incêndio, helicóptero e avião Air Tractor, os brigadistas têm trabalhado incansavelmente para conter o avanço das chamas.
Como medida preventiva, a estrada Raimundo Mascarenhas foi temporariamente fechada, e o trânsito na região passou a funcionar em regime de pare e siga, restringido a veículos essenciais.
As condições climáticas adversas, marcadas por altas temperaturas e falta de chuvas, entre julho e outubro, têm aumentado a incidência e propagação de incêndios florestais na região. De acordo com o ICMBio, novas interdições da estrada podem ocorrer a qualquer momento, caso seja identificado algum risco adicional ou para garantir a segurança dos brigadistas que atuam no local.
Alerta à COP 30
Para reforçar as equipes que já estão em campo, o ICMBio Carajás mobilizou mais 30 brigadistas e aguarda a chegada de 10 brigadistas do Maranhão e 20 bombeiros militares do Estado do Pará. Até o momento, as equipes têm registrado avanços no controle dos focos de incêndio, mas o trabalho continua, com o objetivo de garantir que a situação seja completamente controlada.
Com a proximidade da COP 30, os incêndios que devastam a Floresta Nacional de Carajás destacam a urgência de discutir políticas efetivas de preservação ambiental e combate às mudanças climáticas. A destruição da Amazônia não só representa uma perda ecológica irreparável, mas também coloca em xeque o compromisso do Brasil com a agenda global de sustentabilidade e preservação da maior floresta tropical do mundo.