O réu Dejaci Ferreira de Souza, de 44 anos, foi condenado a mais de 42 anos de prisão, acusado de matar a facadas a advogada Leda Marta Lucyck dos Santos, de 40 anos, a filha dela, Hannah Estela, de 10 anos, e a funcionária dela, Hellen Taynara Siqueira, em Itaituba, na Região do Tapajós, oeste paraense.
De acordo com o processo, o triplo homicídio foi praticado a mando do ex-marido da advogada, no dia 22 de fevereiro de 2014, no interior da loja da vítima. O mandante, o também advogado Altair dos Santos, pagou ao criminoso 5 mil reais e as três vítimas foram mortas a facadas.
A sentença foi proferida pelo juiz Mário Botelho, da Comarca de Itaituba, depois que os jurados decidiram pela condenação do réu. O assassino confessou a autoria dos homicídios e acusou o ex-marido da advogada como mandante.
Durante o interrogatório prestado no júri, o réu confirmou que recebeu R$ 5 mil para matar a advogada, pagos pelo ex-marido de Leda, o advogado Altair do Santos. O casal estava separado e em litígio pela partilha dos bens.
Segundo o processo, no dia 22 de fevereiro de 2014, as vítimas estavam dentro da loja da advogada, quando foram atacadas a facadas. As investigações apontaram que Dejaci de Souza foi contratado para matar a advogada pelo ex-marido dela, mas acabou matando também a filha do casal de 10 anos e a funcionária.
O mandante do crime chegou a ser pronunciado pelo juízo de Itaituba, mas a decisão de pronúncia foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Condenação
A pena aplicada ao réu pelos três crimes totalizou 42 anos, 8 meses e 29 dias de reclusão em regime fechado, sendo negado ao réu o direito de apelar da decisão em liberdade. Os promotores de justiça Diego Belchior Ferreira Santana e Ociralva Tabosa sustentaram a acusação em desfavor do réu por triplo homicídio qualificado, por motivo torpe, crime de mando e mediante promessa de recompensa.
A defesa do réu foi promovida pelos advogados Luiz Gustavo e Lilian Valentin, que pediram a absolvição do assassino por clemência. O réu foi preso em outro estado, por envolvimento em outro crime de homicídio, usando nome falso. Após investigações, se chegou ao nome verdadeiro dele e de seu envolvimento no triplo homicídio. A sessão do júri, realizada no Fórum de Itaituba, durou dois dias.