A torcida não aguenta mais tanto vexame. O Papão voltou a perder dentro de casa, desta vez para o Amazonas. E provou, mais uma vez, que é um time às vezes ridículo, sem garra e mal treinado. Já são 8 derrotas, 12 empates e apenas 5 vitórias nesta Série B, além de estar a nove jogos sem vencer.
No primeiro tempo, foi melhor que a Onça Pintada, mas viu seu adversário achar o gol, em um raro ataque dos visitantes, logo no início da partida. Depois de levar o gol, os bicolores fizeram uma forte pressão, com várias finalizações, mas sempre parando no arqueiro Marcão, o nome da primeira etapa.
Veio o segundo tempo e com ele uma enorme apatia da equipe paraense. O Paysandu não conseguiu ter o mesmo ritmo da primeira etapa e viu o adversário equilibrar e até ser melhor na partida. O clima no segundo tempo foi de funeral, só faltou a marcha fúnebre. Isso se refletiu até nas arquibancadas que estavam lotadas de bicolores. O ânimo em empurrar o time era frustrado por jogadas erradas.
O tempo ia passando, e o só se via desespero pelo péssimo resultado, pela falta de garra, de organização, de empenho, pela falta de tudo. Mudanças precisam acontecer e isso ficou mais do que claro esta noite. O Lobo precisa de um sacudida forte para voltar a reagir na competição.
A verdade é que nesse clima e com esse futebol, a volta à Série C, está mais do que nunca próximo da Curuzu.
Paysandu e Amazonas se enfrentaram na noite (21h30) desta quinta-feira (5), no estádio da Curuzu, em Belém, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro da série C. O Papão entrou em campo desesperado pelos três pontos, não precisava de golaços, não precisava jogar bem, precisava apenas de uma vitória para se afastar da zona da degola. Até essa rodada, foram oito jogos sem vencer na segundona.
A bola rolou e de cara o Papão foi pra cima do Amazonas, sufocou a equipe de Manaus e teve alguns lances de perigo de gol desde o início. Até que aos 7 minutos, em cobrança de escanteio de Robinho, a bola foi na cabeça de Yony González, que mandou para o fundo do gol. Mas o o juiz Sávio Pereira Sampaio viu falta de ataque no lance e anulou o gol bicolor.
Um lance bem polêmico na partida que ninguém conseguiu ver o que o juizão viu. A torcida ficou na bronca.
A resposta do Amazonas foi mortal. Aos 14 minutos, em contra-ataque rápido, a bola foi cruzada para Matheus Serafim, que com muita categoria, mandou a redonda para o fundo do gol. Dessa vez não teve falta e a Onça Pintada abriu o placar. 1 a 0.
Depois do gol o Lobo não se abateu e continuou atacando o adversário sem parar, empilhando finalizações de média distância, todas com perigo de gol. O goleiro Marcão estava se consagrando. Naquele momento parecia que o gol de empate sairia a qualquer momento.
Aos 31, um milagre. Em mais um ataque bicolor, a bola foi cruzada na cabeça de Lucas Maia, o zagueiro mandou da linha da pequena área, mas o goleiro Marcão operou um milagre para salvar o gol de empate.
A pressão do Paysandu continuou até o fim da primeira etapa e a postura do Amazonas foi de recuo. O Papão dominou a Onça Pintada, que em um lance isolado achou seu gol.
O segundo tempo começou com o Paysandu mais manso e apático, parecia que estava vencendo a partida. O Amazonas vendo isso, saiu de trás e equilibrou a partida. O jogo que começou com um ritmo muito forte na primeira etapa, baixou na segunda, deixando a partida apenas com lampejos de perigo de gol.
O tempo ia passando e o clima de desespero ia tomando conta da Curuzu. O Paysandu simplesmente não conseguia encontrar forças e nem soluções para sair daquela situação. Nas arquibancadas, o desânimo era contagiante.
O Papão pressionava, não parava, tinha chances, mas era muito pouco, faltava tudo: garra, força, organização. Assistindo o jogo, principalmente na segunda etapa, deu a sensação de que a equipe bicolor se entregou. Parece que não tem mais leite nessa pedra que o técnico Hélio dos Anjos possa tirar.
Virou redundância, mas mudanças precisam acontecer para que o Paysandu não volte para a Série C. Hélio balança no cargo e se sair, já vai tarde. Assim pensa a torcida.
RAIO X DA PARTIDA
Paysandu: Diogo Silva, Edílson, Quintana, Lucas Maia, Bryan Borges, João Vieira (Cazares), Matheus Trindade (Netinho), Robinho (Paulinho Boia), Juninho (Esli Garcia), Nicolas (Joel) e Yony Gonzalez. Técnico: hélio dos Anjos.
Amazonas: Marcão, Ezequiel (Thiago Cametá), Alvarinõ, Sidcley, Fabiano, Barros (Para), Erick Varão, Diego Torres (Jorge Jiménez), Enio, Luan Silva (William Barbio), Matheus Serafin. Técnico: Rafael Lacerda.
Arbitro: Savio Pereira Sampaio (DF)
Assistente 1: Lehi Sousa Silva (DF)
Assistente 2: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF)
Quarto Arbitro: Alexandre Expedito Vieira da Silva Junior (PA)
MELHORES MOMENTOS E GOL