O fracasso bicolor nesta reta final da Série C foi carimbado nesta tarde de sábado, 3, com a derrota de virada para o Figueirense, em Florianópolis (SC), por 2 a 1. Não merecia outro resultado diante dos repetidos erros de defesa, apatia do meio-campo e incompetência de seu ataque.
Segundos depois de o atacante Pipico perder um gol inacreditável, o time leva bola nas costas e na falha de marcação permite o gol da vitória do adversário. Foi o castigo bem aplicado sobre a onzena comandada por Márcio Fernandes, que mais uma vez escalou mal e substituiu pior ainda. A falha bizarra do goleiro Thiago Coelho completou o show de lambanças do time.
Esse foi o Papão que, colocando sob sete palmos o sonho do acesso à Série B, deverá ainda cumprir três jogos da tabela, sendo dois deles em casa, certamente diante de um público pequeno, bem diferente daquele que lotou a Curuzu em todos os jogos, quando o grito de “vamos subir, Papão” embalava o otimismo de sua apaixonada torcida.
É fato raro um time do Pará ser praticamente eliminado na metade de uma disputa entre quatro clubes, onde dois sobem para outra divisão. Até nisso o Paysandu foi destaque negativo.
O mal do Paysandu é que falta o molho paraense nesse time de “importados”, sem compromisso com a história do clube. ou afinidade com a torcida. Aliás, isso vem ocorrendo há vinte anos, após o período de glórias -Copa dos Campeões e participação na Libertadores da América, quando metade dos jogadores titulares era formada por paraenses, alguns oriundos da própria base bicolor, ou de clubes adversários no campeonato regional.
De lá para cá, o time mal conseguiu permanecer na Série B por mais de duas temporadas, colecionando vexames e derrotas acachapantes, inclusive dentro de casa. Muitos desses importados, tanto ontem como hoje, não são melhores do que alguns atletas da relegada base bicolor, sempre maltratada pelas sucessivas diretorias que passaram pelo clube nessa duas últimas década. Esses dirigentes parecem ter ojeriza ao jogador local. O que se vê hoje em campo são vergonhas e ruindades calçando chuteiras, sem alma e sem pudor.
Ano que vem – pode apostar – a diretoria promete “fazer diferente”. E fará tudo sempre igual, trazendo um caminhão de “bondes” e ex-jogadores em atividade, indicados por empresários, que desembarcam em Belém “bichados” e ganhando altos salários para apresentar futebol de péssima qualidade.
Isso vale também para o maior rival. Os erros na Curuzu são parecidos aos do Baenão. Ninguém aprende, ou quer aprender. Pobres torcedores, sempre tapeados. De nada adianta um Mangueirão ampliado e melhorado, se nossos times são medíocres e fazem a alegria de visitantes, até mesmo de ilustres desconhecidos e sem torcida em suas cidades.
O hoje de hoje, como foi
Em partida isolada neste sábado, pela 3ª rodada da segunda fase da Série C do Brasileirão, Figueirense e Paysandu miravam unicamente a vitória antes da bola rolar pelo Grupo C, no estádio Orlando Scarpelli. E quem se deu melhor foram os catarinenses.
Mesmo jogando longe de seus domínios, o Papão até iniciou melhor o confronto, conseguindo abrir a contagem aos 23 minutos, com Wilson mandando para o fundo das redes. Entretanto, os mandantes não se deixaram abater pelo tento rival e, aos 28, igualou com Léo Arthur, fechando a etapa inicial em 1 a 1.
Já na etapa complementar, o Figueira não quis saber de sofrer pressão por parte do adversário, adotando uma postura mais ofensiva. Com isso, também aos 23, voltou a marcar, desta vez com Gustavo Henrique, conseguindo segurar o resultado até o apito final do árbitro, com direito a festa da torcida local nas arquibancadas. (Do Ver-o-Fato, com informações do Portal Lance)
Gols da partida: