Neste domingo, dia 4 de fevereiro de 2024, o Pará vive a expectativa de um dos momentos mais esperados do ano: o primeiro clássico entre Clube do Remo e Paysandu Sport Club. A partida, válida pelo Campeonato Paraense, promete ser eletrizante e marcará o reencontro das torcidas no Estádio Mangueirão, palco de tantas batalhas épicas entre os dois gigantes do futebol paraense. Dentro de campo, um duelo de monstros sagrados.
A expectativa para o clássico é enorme. A previsão é de um público superior a 50 mil torcedores, que devem lotar o Mangueirão e fazer uma festa grandiosa. Mosaicos, bandeiras e cantos vibrantes prometem colorir as arquibancadas e criar uma atmosfera única, digna da rivalidade histórica entre Leão e Papão.
Contratações caras, com nomes que já despontaram em clubes do centro-sul do país, Leão e Papão vão colocar em campo a maioria de atletas que nunca vestiram as camisas dessas duas equipes. Pelo lado do Paysandu, dentre outros que deverão estar em campo, destacam-se Matheus Nogueira; Edílson, Wanderson, Lucas Maia, Kevyn; João Vieira, Val Soares, Robinho, Biel, Vinícius Leite e Nicolas, comandados pelo irrequieto técnico: Hélio dos Anjos.
No Remo, despontam nomes como Marcelo Rangel; Thalys, Ligger, Reniê, Raimar; Renato Alves (Marco Antônio), Pavani, Camilo; Echaporã, Ronald e Ytalo, sob o comando do treinador Ricardo Catalá.
O chamado “Clássico Rei ” vai além do futebol. É um evento cultural que mobiliza a cidade de Belém, o estado como um todo, e divide as famílias entre azul e branco e azul marinho. A rivalidade é acirrada, mas também respeitosa, e contribui para a grandeza do futebol paraense.
As raízes da rivalidade
Fundados em 1905 e 1914, respectivamente, Remo e Paysandu disputam a hegemonia no futebol paraense desde seus primórdios. A rivalidade se intensificou com o passar dos anos, alimentada por momentos históricos como o “Clássico dos Milhões” de 1973, com mais de 60 mil torcedores no Mangueirão.
Os torcedores dos dois clubes vivem a rivalidade com fervor, vestindo as cores de seus times com orgulho, cantando músicas que exaltam suas glórias e diminuem o rival. As ruas de Belém se transformam em um mar de azul e vermelho nos dias de clássico, com bandeiras, faixas e carros adesivados.
A rivalidade também se manifesta nas redes sociais, com debates acalorados e memes que divertem e provocam os torcedores adversários.
Mais do que futebol
Para muitos torcedores, Clube do Remo e Paysandu representam mais do que um clube de futebol. São símbolos de identidade, de pertencimento a uma comunidade, de orgulho pelas raízes paraenses. A rivalidade, embora acirrada, também serve como um elo entre os torcedores, que se unem em sua paixão pelo futebol e pela tradição dos seus times.
Outro ponto importante dessa rivalidade é seu significativo impacto econômico e social. Os clássicos movimentam a economia local, gerando renda para hotéis, restaurantes, bares, biroscas, vendedores de rua, a famosa turma do churrasquinho de “gato”.. As torcidas organizadas dos dois clubes também desenvolvem projetos sociais que beneficiam a comunidade.
A rivalidade entre Clube do Remo e Paysandu é um espetáculo único que só pode ser entendido por quem vive a paixão do futebol paraense.
Enfim, é um fenômeno cultural que envolve paixão, identidade e tradição. É uma parte viva da cultura paraense que se manifesta com fervor e entusiasmo nas arquibancadas e nas ruas do Pará.















