Ele teve o que mereceu. Mas, pela hediondez do crime, se no país houvesse isso, Cleyton Ramos França mereceria prisão perpétua. Ontem, ele foi condenado a 27 anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra a própria filha, uma bebê de 14 dias de vida. A criança morreu em decorrência das sevícias sexuais.
A sentença foi declarada e assinada pelo juiz da Vara Única da Comarca de Santana do Araguaia, Erichson Alves Pinto. O magistrado manteve a prisão de Cleyton e determinou a detração da pena – que é, segundo a lei penal, o abatimento na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, do tempo em que o sentenciado sofreu prisão provisória, prisão administrativa ou internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, ou mesmo em outro estabelecimento similar. Com isto, o réu cumprirá 26 anos, 1 mês e 10 dias de prisão.
Segundo o processo, a criança foi levada ao hospital onde foi detectado a sua dificuldade para respirar, recebendo o atendimento correspondente da equipe médica com técnicas de reanimação. Após o falecimento do bebê, a equipe procedeu a limpeza do corpo, quando verificou-se a anormalidade e a descoberta do estupro. Cleyton foi preso em flagrante.
No dia da morte da criança, em perícia realizada no aparelho celular do acusado, foi constatada a realização de busca de vídeos de conteúdo adulto do tipo “sexo caseiro com novinhas”. O processo foi instruído com testemunhas da equipe médica e com laudos periciais.
De acordo com as investigações, o crime ocorreu no sábado, dia 11 de janeiro deste ano. Naquele dia, os pais da vítima chegaram com a bebê no hospital municipal de Santana em busca de atendimento. Pouco tempo depois, a criança morreu vítima de insuficiência respiratória.
No momento em que as enfermeiras foram limpar o corpo da criancinha, elas perceberam que havia sinais de violência sexual. Diante disso, o médico que estava de plantão acionou a polícia, que deteve o pai imediatamente.
O corpo da vítima foi então encaminhado para o IML de Marabá, devidamente acompanhado de duas conselheiras tutelares e agentes funerários credenciados. O pai estuprador ainda negou a autoria do crime. Um laudo do hospital de Santana, porém, confirmou o abuso sexual. Um outro lado do IML também ratificou a violência sofrida pela bebezinha.
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