Mais de 20 pacientes, incluindo idosos e crianças pequenas, estão internados em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Capanema, nordeste paraense, aguardando a transferência para leitos clínicos e de Unidades Intensivas de Tratamentos (UTIs).
Desde 27 de julho, nenhuma transferência de paciente foi feita por falta de leito. Na lista de espera, encontram-se pessoas com diversas enfermidades, como fraturas cranianas, traumas na coluna, água no pulmão e até mesmo Covid-19. Um dos casos mais graves é de um senhor de 77 anos.
Por conta dessa deficiência do sistema de saúde público, a promotora de justiça de Capanema, Amanda Luciana Sales Lobato, ajuizou uma ação civil pública contra o Estado do Pará e a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), para que transfiram os pacientes da UPA para unidades hospitalares adequadas.
Na ação, a promotora requer ainda o pagamento de multa diária caso a Sespa descumpra a decisão judicial.
Amanda Lobato argumentou que a espera por transferência para leitos adequados expõe essas pessoas ao risco de vida. “A transferência dos pacientes que necessitam de um leito adequado não pode esperar, visto que estamos diante de um cenário de extrema urgência”, afirmou a promotora na ação.
Ela disse que acompanha o caso desde março e destacou que a demora na transferência para leitos hospitalares pode agravar o quadro de saúde dos pacientes. De acordo com Amanda, o atraso nas transferências também sobrecarrega a UPA, que precisa manter os pacientes que aguardam leitos e receber a população que precisa de atendimento de emergência, aumentando os riscos de contaminação dentro do centro hospitalar.
A UPA é um dos serviços da rede de urgência e emergência. Além do serviço de pronto atendimento, é indispensável que exista igualmente, a oferta eficiente dos serviços de portas hospitalares na condição de retaguarda em saúde pública.
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