Os números são impressionantes: mais de 16,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos entre janeiro e junho, foi o que o Brasil sofreu, em 2021, de acordo com a plataforma Fortinet.
Para a BugHunt, primeira plataforma brasileira de Bug Bounty, e a Compugraf, provedora de soluções de segurança da informação, privacidade de dados e governança das principais empresas brasileiras, phishing e ransomware são os ataques mais suscetíveis às empresas.
É preciso ficar atento aos golpes e fraudes que envolvem propagandas enganosas. Nesses ambientes virtuais despontam sites falsos para roubar informações pessoais e de cartão de crédito.
O site da loja é legítimo?
Os cibercriminosos sempre aproveitam de fragilidades humanas, revela Caio Telles. “Neste caso, os consumidores estão buscando bons negócios, altos descontos e preços muito atrativos. Desta maneira, os cibercriminosos conseguem subir websites ou realizar ataques de phishing visando explorar esta condição”, explica.
Por isso, é preciso verificar alguns detalhes antes da compra, como garantir que está em um website legítimo e analisar a URL da loja”, pontua. Também é importante que os consumidores realizem compras em sites e lojas conhecidas.
Importante também é os consumidores visitarem o website principal para verificar qualquer possível oferta recebida por outros meios, como e-mail. Muitas vezes os consumidores recebem informações de promoções por e-mail, porém são phishings, que os direcionam para websites que são clones maliciosos das lojas.
Desconfie de promoções
Telles alerta que o consumidor deve conferir se os perfis nas redes sociais que estão promovendo sorteios ou descontos são originais. “Promoções falsas com perfis falsificados são muito comuns. O objetivo é coletar informações das vítimas/consumidores e também aumentar o número de seguidores desses perfis falsos”, explica.
Valores muito baixos, cuidado
O consumidor deve sempre observar se o preço ofertado está muito abaixo dos concorrentes. Para isso, é possível utilizar sites já conhecidos de comparação de preços, como Google Shopping, Zoom e Buscapé. “Além disso, não acessar as promoções clicando diretamente no e-mail recebido. Aconselhamos que o consumidor digite o endereço na barra do navegador e busque o mesmo produto dentro da loja”, afirma Telles.
Verificar a origem dos recebimentos.
Denis Riviello, da Compugraf, reforça que ao receber um e-mail de lojas ou promoções, atente-se ao remetente e domínio. “Vale pesquisar no Google ou no site da marca se aquele endereço eletrônico existe”, explica. “Caso fique em dúvida sobre o link que recebeu no e-mail, feche a página e acesse direto do seu navegador o endereço oficial daquele site”, completa.
Métodos de pagamentos, atenção
Uma dúvida ainda muito comum, mesmo aos adeptos das compras online, e principalmente aos que fazem isso pela primeira vez, e referente à forma mais segura de realizar os pagamentos. “Atualmente o método mais seguro continua sendo o cartão de crédito. Mas os aplicativos de “Carteira Digital”, como o Paypal, PicPay e similares, também são uma opção muito interessante.
Se o usuário tiver algum problema com a compra, ele pode contatar a empresa responsável pelo pagamento, que possui recursos para minimizar o problema”, explica Riviello.
Evitar rede de WI-FI público
Riviello alerta ainda que as redes públicas de acesso à internet não são indicadas para a realização de qualquer transação financeira. “Como não há uma proteção, como senhas para acesso, o alto fluxo de pessoas conectadas é um prato cheio aos cibercriminosos. Evite fazer qualquer compra nesse cenário”, finaliza. (Com informações da Gazeta do Povo)
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*** As empresas precisam também tomar suas precauções. Sempre que um cliente realizar uma compra no site (ou até mesmo presencial), a empresa programe seu sistema para que o mesmo receba os detalhes via SMS ou e-mail para registro e controle de compra.
*** Outra dica é que as companhias utilizem as redes sociais da loja para explicar como serão feitas as divulgações e promoções em festividades como Natal, Dia das Mães, dos Pais, etc.
*** Assim, caso algum consumidor se depare com algo diferente, saberá identificar se é real ou não. Caso o varejista identifique uma campanha falsa sobre o seu estabelecimento, vale também informar os clientes.
*** É preciso seguir normas para passar segurança e tranquilidade aos clientes. Desenvolva um site seguro com certificado de HTTPS e deixe aparentes os selos de segurança em qualquer aba. Além disso, vale utilizar uma proteção WAF (Web Application Firewall), ou seja, uma camada de proteção que fica entre seu site e o tráfego que ele recebe da internet.
*** Pode optar também por proteções como o Firewall, responsável por bloquear qualquer tentativa de acesso ao destino sem a devida autorização. Dessa forma, o e-commerce passará confiança aos consumidores no momento de compra.