Os endereços em Porto Alegre (RS) do secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, foram alvos hoje da Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão na operação que investiga supostas irregularidades nas compras de respiradores pelo governo estadual.
A PF também esteve na cidade gaúcha de Xangrilá em busca de provas que corroborem suas investigações. Ao todo, sete mandados foram autorizados pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Beltrame, além de comandar a Sespa, é também o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
Batizada de Matinta Perera ( veja, abaixo, o que significa) a operação de hoje é o desdobramento da operação Bellum, realizada no dia 10 de junho, quando foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão colher provas sobre as suspeitas de irregularidades na compra feita junto à China de equipamentos para combater a pandemia da Covid-19.
O secretário também foi o alvo da operação, assim o como o governador Helder Barbalho e a empresa SKN do Brasil, responsável pela compra dos respiradores e venda ao governo paraense.
O governador tem dito e reiterado que não houve qualquer prejuízo aos cofres públicos, pois os R$ 25 milhões desembolsados pelo estado para pagar metade da compra total de R$ 50 milhões, foram integralmente devolvidos pela SKN, após o governo ter ajuizado ação de ressarcimento ao erário.
O Ver-o-Fato não conseguiu contato com o secretário Alberto Beltrame para ele se manifestar sobre a ação da PF. O espaço está aberto aos esclarecimentos
Matinta Perera é uma personagem do folclore brasileiro, mais precisamente amazônico. Trata-se de uma bruxa velha que à noite se transforma em um pássaro agourento que pousa sobre os muros e telhados das casas. A bruxa só deixa o local após o morador prometer-lhe algo, de preferência tabaco.
No dia seguinte, a Matinta retorna para cobrar o combinado que, caso não cumprido, gera consequências nefastas aos moradores.
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