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A jornalista Úrsula Vidal está indignada. Ela é retratada numa charge como se fosse uma ring girl do UFC, anunciando um “combate” político só de homens, no caso o debate entre os candidatos à prefeitura de Belém, amanhã, na TV RBA.
Úrsula, como até as mangueiras da cidade sabem, é candidata à sucessão do prefeito Zenaldo Coutinho e se apresenta, pelas ideias e propostas por ela apresentadas – apesar do curtíssimo tempo no horário do TRE -, como uma boa novidade e opção aos eleitores nesse ambiente político do Estado em que tudo permanece na mesmice há mais de 40 anos.
Dos 10 candidatos à prefeitura, duas são mulheres – Úrsula Vidal (Rede) e Regina Barata (PT) -, mas só Úrsula aparece no “ringue” da RBA, retratada, como ela mesmo diz, com a “imagem da mulher ligada à condição periférica, quem tem o corpo usado e abusado como veículo de propaganda da emissora”.
Em respeito a Úrsula Vidal e às mulheres, o blog não vai publicar a charge do cartunista Atorres. Na íntegra, porém, publica a nota de Úrsula e seu repúdio veemente às “manifestações sexistas e o tratamento preconceituoso que explora, de maneira torpe, minha condição feminina”. Eis a nota:
“Esse é o grito que precisa ser ouvido, diante do desrespeito com minha condição feminina, nesta charge publicada hoje no DOL. Não se trata de censura ao humor.
Se trata de uma imagem da mulher ligada à condição periférica, quem tem
o corpo usado (e abusado) como veículo de propaganda da emissora que
vai promover um debate entre os candidatos à prefeitura, no próximo dia
20.
o corpo usado (e abusado) como veículo de propaganda da emissora que
vai promover um debate entre os candidatos à prefeitura, no próximo dia
20.
As piadas machistas que ouço na rua, durante a campanha, são o triste retrato do ambiente político em Belém, ainda fortemente marcado pela falta de representatividade da mulher.
Repudio veementemente estas manifestações sexistas e o tratamento
preconceituoso que explora, de maneira torpe, minha condição feminina.”
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