O traficante Marcio Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, chefe do Comando Vermelho, lançará nesta sexta-feira, 27, um livro sobre a execução penal no Brasil. Ele já tem outro livro, lançado em 2022: “O Direito Penal do Inimigo- Marcinho, verdades e posições
Escrito em parceria com Paloma Gurgel e Luciano Tourinho, ambos advogados criminalistas, “Execução penal banal comentada” analisa o sistema penitenciário e o Código Penal brasileiro do ponto de vista de especialistas e de quem vive na prática o cumprimento da pena decretada pela Justiça.
Marcinho VP está preso há 21 anos ininterruptos. Nesse tempo, o traficante apontado como líder de uma das maiores facções do Brasil passou por diversas penitenciárias. Atualmente, Marcinho VP está detido no presídio federal em Catanduvas (PR), de segurança máxima.
O livro é o segundo de Marcinho VP. Em 2022, ele lançou “Marcinho verdades e posições — direito penal do inimigo”. Na obra, feita com o jornalista Renato Homem, o detento conta sua trajetória no mundo do crime, nega as acusações feitas contra ele e comenta sobre a política brasileira.
“Direito penal do inimigo”
Segundo a sinopse, “O Direito Penal do Inimigo. Verdades e Posições” reescreve parte da crônica policial carioca, restabelece verdades e se revela um libelo contra a discriminação e o preconceito. Marcio Nepomuceno esquadrinha o seu dia a dia no cárcere, aborda a falência da execução penal no Brasil e revisita episódios marcantes que a opinião pública só conhece pela narrativa oficial”.
E mais: “A obra revela-se um desabafo feito por alguém que se encontra encarcerado há 21 anos, e que rejeita a condição de inimigo do estado. O livro suscita o debate a respeito de qual é a finalidade da restrição da liberdade daqueles que cometem crimes. Punir ou reeducar? A ação penal, prerrogativa do Estado, cumpre o seu papel de agente reeducador? A política penitenciária praticada nos presídios brasileiros contribui para que o apenado possa evoluir como ser humano ou fracassa de forma retumbante, tornando-o um ser ainda mais revoltado ao final da sua pena?”. .Com informações do Portal Metrópoles.