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A
onda de demissões na imprensa do Pará tem atingido em cheio a
qualidade das reportagens produzidas. Isso ocorre desde o ano passado
em jornais, emissoras de televisão, rádios, e também em
assessorias de órgãos públicos. Jornalistas experientes, que não
perderam fontes nem a indignação – esta última fundamental para
alicerçar a coragem na denúncia contra malfeitos que ferem o
interesse público – estão sendo substituídos sem qualquer
explicação decente.
onda de demissões na imprensa do Pará tem atingido em cheio a
qualidade das reportagens produzidas. Isso ocorre desde o ano passado
em jornais, emissoras de televisão, rádios, e também em
assessorias de órgãos públicos. Jornalistas experientes, que não
perderam fontes nem a indignação – esta última fundamental para
alicerçar a coragem na denúncia contra malfeitos que ferem o
interesse público – estão sendo substituídos sem qualquer
explicação decente.
O
pior é que a canetada de algum chefinho, chefete ou chefão, como já
deu para perceber, não é para enxugar a máquina em época de crise
econômica igual a que vivemos, ou mesmo livrar-se de um ou outro
jornalista incômodo, que “não veste a camisa” política ou não
forma no cordão de bajuladores.
pior é que a canetada de algum chefinho, chefete ou chefão, como já
deu para perceber, não é para enxugar a máquina em época de crise
econômica igual a que vivemos, ou mesmo livrar-se de um ou outro
jornalista incômodo, que “não veste a camisa” política ou não
forma no cordão de bajuladores.
É
algo mais sórdido: é o aviltamento da profissão, colocando na rua
profissionais de notória qualidade de texto e credibilidade social,
substituindo-os por novatos que se sujeitam a ganhar menos, trabalhar
mais e ouvir desaforos calados.
algo mais sórdido: é o aviltamento da profissão, colocando na rua
profissionais de notória qualidade de texto e credibilidade social,
substituindo-os por novatos que se sujeitam a ganhar menos, trabalhar
mais e ouvir desaforos calados.
Evidente
que esse é apenas um aspecto da crise do jornalismo impresso,
televisivo e radiofônico. Há outros, como a briga intestina entre
os dois principais jornais de Belém, onde a maior vítima é a
verdade dos fatos – sempre contraditória nas manchetes de um e de
outro – e a falta de respeito aos leitores, o que se traduz na
queda de venda nas ruas e nas bancas.
que esse é apenas um aspecto da crise do jornalismo impresso,
televisivo e radiofônico. Há outros, como a briga intestina entre
os dois principais jornais de Belém, onde a maior vítima é a
verdade dos fatos – sempre contraditória nas manchetes de um e de
outro – e a falta de respeito aos leitores, o que se traduz na
queda de venda nas ruas e nas bancas.
Não
é de admirar que o resultado disso é a cada vez maior migração de
leitores para as mídias sociais, notadamente os blogs e sites, que
estão substituindo , com vantagem, a imprensa escrita, pela maior
liberdade de que desfrutam para abordar temas polêmicos , livres das
teias e peias que engessam os jornalões movidos por interesses
corporativos, político-partidários e econômicos.
é de admirar que o resultado disso é a cada vez maior migração de
leitores para as mídias sociais, notadamente os blogs e sites, que
estão substituindo , com vantagem, a imprensa escrita, pela maior
liberdade de que desfrutam para abordar temas polêmicos , livres das
teias e peias que engessam os jornalões movidos por interesses
corporativos, político-partidários e econômicos.
Alguns
dirão que poderia ser um problema restrito apenas aos jornais “O
Liberal “ e “Diário do Pará, empenhados numa guerra autofágica
sem limites ou trégua. Não é. Na Comunicação do Estado está
ocorrendo o mesmo fenômeno. Dispensam jornalistas tarimbados para
colocar em seu lugar neófitos que sequer conhecem os meandros e os
canais de comunicação com a imprensa e acabam enrolando e
colaborando com a falta de informações para a sociedade.
dirão que poderia ser um problema restrito apenas aos jornais “O
Liberal “ e “Diário do Pará, empenhados numa guerra autofágica
sem limites ou trégua. Não é. Na Comunicação do Estado está
ocorrendo o mesmo fenômeno. Dispensam jornalistas tarimbados para
colocar em seu lugar neófitos que sequer conhecem os meandros e os
canais de comunicação com a imprensa e acabam enrolando e
colaborando com a falta de informações para a sociedade.
Citar
órgãos seria perda de tempo. Em alguns, a eficiência. Em outros,
porém, a mórbida falta de vontade, também conhecida por abulia.
Lembro apenas de um caso, que também pode servir de ilustração
para outros: o da demissão do jornalista Francisco Sidou. Ele caiu
não porque fosse inerte, muito pelo contrário, já que atendia a
todos os que o procuravam com gentileza e riqueza de informações em
seus textos.
órgãos seria perda de tempo. Em alguns, a eficiência. Em outros,
porém, a mórbida falta de vontade, também conhecida por abulia.
Lembro apenas de um caso, que também pode servir de ilustração
para outros: o da demissão do jornalista Francisco Sidou. Ele caiu
não porque fosse inerte, muito pelo contrário, já que atendia a
todos os que o procuravam com gentileza e riqueza de informações em
seus textos.
Sidou
foi exonerado porque era da cota de um partido que havia rompido com
o atual governo. Portanto, pouco importava a capacidade moral e
intelectual dele. Não servia mais e pronto. Conheço outros
profissionais que tiveram o mesmo destino. Uma indignidade sem
tamanho. Não houve o menor respeito a esses profissionais.
foi exonerado porque era da cota de um partido que havia rompido com
o atual governo. Portanto, pouco importava a capacidade moral e
intelectual dele. Não servia mais e pronto. Conheço outros
profissionais que tiveram o mesmo destino. Uma indignidade sem
tamanho. Não houve o menor respeito a esses profissionais.
É
assim que, infelizmente, a banda toca na imprensa do Pará. Desafinada, mas toca.
Para ferir os ouvidos dos leitores e da própria sociedade.
assim que, infelizmente, a banda toca na imprensa do Pará. Desafinada, mas toca.
Para ferir os ouvidos dos leitores e da própria sociedade.
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