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Home Cultura

Nosso Palácio Azul, por pouco, não foi demolido

Oswaldo Coimbra por Oswaldo Coimbra
31/10/2025
in Cultura
Nosso Palácio Azul, por pouco, não foi demolido

O Palácio Azul, também chamado de Palácio Antônio Lemos  

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Belém vinha sendo modernizada e embelezada, pelos recursos propiciados pela exportação da borracha, desde as últimas décadas dos anos de 1800.

Novas praças, novos parques, novos bairros, ampla arborização, pavimentação de ruas, implantação de esgotos, sistema de limpeza, tratamento do lixo, transporte coletivo, reformas luxuosas de edifícios históricos etc.

Mas a elite econômica do Estado não teve o cuidado de, no mesmo período, usar aquele ciclo de riqueza para criar alguma alternativa de manutenção da situação de progresso, a fim de apelar para ela, quando o ciclo da borracha se esgotasse.  

A consequência desastrosa disto foi que, quando surgiu a concorrência asiática na produção da borracha em colônias do Reino Unido e dos Países Baixos, o Estado entrou numa grave crise econômica.

Aquela situação levou o governador Antônio de Souza Castro a dizer na mensagem que ele enviou à Assembleia Legislativa, em 1921:

“Assumi o governo do Estado no auge da mais grave das crises que o tem empolgado. A mais grave porque a que mais lhe minguou as fontes de vida; a mais grave porque para enfrentá-la só dispomos das próprias forças vacilantes de um organismo financeiro em estado de consumação”.

O drama contido naquela mensagem poderia ser resumido num pequeno trecho.

Naquele no qual o governador revelou o seguinte:

“Encontrei em caixa, no tesouro do Estado 3 contos de réis. Urgia iniciar os pagamentos do mês, os quais orçavam por mais de 800 contos”. Ele, então, indagou: “Como (eu), simples mortal, (posso) repetir o milagre de Cristo?”

Não havia, obviamente, recursos para manter os prédios públicos em bom estado, como, aliás, reconheceu outro governador, Dionísio Ausier Bentes, em 1926.

Disse ele, também em mensagem para os deputados:

“Já vos informamos que, ao assumir a direção do Estado, encontramos em doloroso abandono todos os próprios (bens) estaduais, que reclamavam assistência imediata”.

Exatamente, naquele instante, o Palácio Azul (futuro Palácio Antônio Lemos), que não havia completado sequer meio século, apresentava “aspecto ruinoso”, como reconheceu o mesmo governador na mensagem de 1927.

Descreveu ele:

“Fendas largas rasgavam a sua estrutura externa, demonstrando quanto se achava comprometida a sua estabilidade”.

Na verdade, era tão grave a situação do Palácio Azul que alguns técnicos chegaram a considerá-lo perdido, irrecuperável.

Revelou o governador:

“Não faltaram opiniões técnicas julgando o edifício inaproveitável, pela impossibilidade de lhe restaurar a estabilidade, em virtude de ser considerada dificílima a obra de consolidação das suas fundações”.

Felizmente, naquela conjuntura complicada, o Pará ainda contava com o profissional mais importante da sua longa História da Engenharia.

Henrique Santa Rosa, àquela altura, com 67 anos de idade, já exercia seu ofício de engenheiro por quase cinco décadas.

Formado engenheiro com apenas 20 anos de idade, na conceituada Escola Politécnica do Rio de Janeiro, ele estava prestes a concluir a mais impressionante carreira de um engenheiro dentro do serviço público do Pará.

Foi quando recebeu do governador Dionísio Bentes a missão de salvar o Palácio Azul com parcos recursos públicos.

Para desempenhá-la, Santa Rosa contava com o brilho pessoal e a experiência de quem dirigiria durante 22 anos a Secretaria Estadual de Obras Públicas.

Aquele órgão público foi o único espaço de atuação profissional no Pará que, no período compreendido entre 1840 e 1940, pôde abrigar permanentemente grande parte da categoria dos engenheiros.

A lista de realizações daquela secretaria nas gestões de Santa Rosa, na sua maioria, transcorridas na fase de riqueza sustentada pelo ciclo da borracha, é espantosa.

Esta lista surgiu quando o historiador Ernesto Cruz, em 1967, recebeu a incumbência de levantar toda a relação de obras realizadas pelo órgão público durante os seus 129 anos de existência.

O levantamento dele preencheu 1.004 páginas do livro “As obras públicas do Pará”.

Deste total de páginas, nada menos que 361 corresponderam somente às obras realizadas nas gestões de Santa Rosa.

Na recuperação do Palácio Azul, o experiente engenheiro teve de se defrontar com uma inesperada dificuldade.

Ela era criada pelo antigo Alagado do Piri, considerado aterrado e morto, desde o início dos anos de 1800.

No entanto, o velho alagado se mantinha vivo, por debaixo do palácio.

 Isto é continuava atravessando os subterrâneos de nada menos que duas grandes praças.

A Praça do Palácio e a Praça do Relógio.

Portanto, em toda a extensão do grande terreno entre o palácio e a Baía do Guajará.

Quando as obras dirigidas por Santa Roca chegaram às paredes externas do prédio, voltadas para a avenida 16 de Novembro – escreveu o governador Dionísio Bentes, em sua mensagem de 1927:

“Se tornaram penosas, difíceis e demoradas, devido à ação das marés que não somente agravavam o mau estado dos antigos alicerces, como retardavam a remoção da vasa (lama)”.

Santa Rosa procedeu ao escoramento geral do palácio daquele lado.

Consolidou-o “por meio de gigantes de concreto, atracados aos antigos alicerces”.

O prédio, tinha sido, nessa parte – destacou o governador:

“Construído em ingrato terreno, coberto por espessa camada de vasa (lama)”.

Ali, disse ele:

“As fendas foram costuradas com varões de ferro em U, após o tecimento de novas amarrações”.

Salvo o prédio, o governador reconheceu o valor de Santa Rosa em sua mensagem.

Afirmou ele:

“Segundo opiniões técnicas que tivemos oportunidade de ouvir, representam os trabalhos executados para a consolidação do Palacete Azul, importantíssimo tentamen (ensaio) de Engenharia, tanto pela magnitude da obra, como pelas dificuldades materiais que encerravam”.   

*Oswaldo Coimbra é escritor e jornalista    

(Ilustração: O Palácio Azul, também chamado de Palácio Antônio Lemos)  

English translation (tradução para o inglês)

Our Blue Palace Was Nearly Demolished

Belém had been undergoing modernization and beautification, thanks to the resources provided by rubber exports, since the final decades of the 1800s.

New squares, new parks, new neighborhoods, extensive tree planting, street paving, the installation of sewage systems, waste management, garbage treatment, public transportation, and luxurious renovations of historic buildings — all of these marked the city’s transformation.

However, the economic elite of the state failed to use that period of prosperity to create any long-term alternatives that could sustain progress once the rubber boom came to an end.

The disastrous consequence of this short-sightedness was that, when Asian competition arose in rubber production in the British and Dutch colonies, the state fell into a severe economic crisis.

That situation led Governor Antônio de Souza Castro to declare, in a message sent to the Legislative Assembly in 1921:

“I assumed the government of the State at the height of the most serious crisis it has ever faced. The most serious because it has drained our very sources of life; the most serious because, to confront it, we possess only the faltering strength of a financial organism in its final stages of exhaustion.”

The drama expressed in that message could be summarized in a brief passage, in which the governor revealed the following:

“I found in the state treasury only three contos de réis. Yet, it was urgent to begin payments for the month, totaling over 800 contos.”

He then asked:

“How can I, a mere mortal, repeat the miracle of Christ?”

There were, of course, no funds to keep public buildings in good condition — as another governor, Dionísio Ausier Bentes, acknowledged in 1926.

He stated, in a message to the deputies:

“We have already informed you that, upon assuming the direction of the State, we found all public properties in painful neglect, demanding immediate attention.”

At precisely that moment, the Blue Palace (later known as the Antônio Lemos Palace), not yet fifty years old, presented a “ruinous aspect,” as the same governor admitted in his 1927 message.

He described it as follows:

“Wide cracks tore through its outer structure, showing how compromised its stability had become.”

In fact, the situation of the Blue Palace was so serious that some technicians deemed it lost — beyond recovery.

The governor revealed:

“There was no shortage of technical opinions judging the building unusable, due to the impossibility of restoring its stability, since the work of consolidating its foundations was considered exceedingly difficult.”

Fortunately, in that troubled period, Pará still had the most important professional in its long history of engineering: Henrique Santa Rosa.

At that time, aged 67, he had already been practicing as an engineer for nearly five decades.

Graduating as an engineer at only 20 years old from the renowned Escola Politécnica do Rio de Janeiro, he was about to complete one of the most impressive careers of any engineer in Pará’s public service.

It was then that Governor Dionísio Bentes entrusted him with the mission of saving the Blue Palace, using the state’s meager public funds.

To carry out this task, Santa Rosa relied on his personal brilliance and the experience of someone who had directed the State Department of Public Works for 22 years.

This public institution was the only professional space in Pará, between 1840 and 1940, that could permanently accommodate a significant portion of the engineering class.

The list of achievements of that department under Santa Rosa’s leadership — most of them during the prosperous rubber boom years — is astounding.

This list was compiled when historian Ernesto Cruz, in 1967, was commissioned to record all the works carried out by the department during its 129 years of existence.

His research filled 1,004 pages in the book As obras públicas do Pará (“The Public Works of Pará”).

Of those pages, no fewer than 361 were devoted solely to the projects completed under Santa Rosa’s administration.

During the restoration of the Blue Palace, the experienced engineer encountered an unexpected obstacle — one created by the old Piri Marsh, thought to have been filled and dried since the early 1800s.

However, the ancient marsh remained alive beneath the palace, running under no less than two large squares:

Palace Square and Clock Square, spanning the entire area between the palace and the Guajará Bay.

When the works directed by Santa Rosa reached the palace’s outer walls facing 16 de Novembro Avenue, Governor Dionísio Bentes wrote in his 1927 message:

“They became arduous, difficult, and slow due to the action of the tides, which not only worsened the poor condition of the old foundations but also delayed the removal of the mud.”

Santa Rosa carried out a complete shoring of the palace on that side, reinforcing it

“by means of concrete giants anchored to the old foundations.”

The building, the governor noted, had been

“constructed on an ungrateful terrain, covered by a thick layer of mud.”

There, he continued:

“The cracks were stitched together with U-shaped iron rods after new bindings were woven.”

Once the building was saved, the governor recognized Santa Rosa’s merit in his message:

“According to the technical opinions we had the opportunity to hear, the works executed to consolidate the Blue Palace represent an extremely important engineering achievement — both for the magnitude of the project and for the material difficulties it entailed.”

*Oswaldo Coimbra is a writer and journalist

(Illustration: The Blue Palace, also known as the Antônio Lemos Palace)

Tags: Destaquenão foi demolidoNosso Palácio Azulpor pouco
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Oswaldo Coimbra é escritor, jornalista e pesquisador.

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