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Home Cultura

No hospital demolido em Belém, banheiras inglesas e escadarias francesas

Oswaldo Coimbra por Oswaldo Coimbra
23/05/2025
in Cultura
No hospital demolido em Belém, banheiras inglesas e escadarias francesas

Um exemplar de banheira hidroterápica antiga, que existia no Hospital Juliano Moreira, em Belém

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O conjunto arquitetônico do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira se constituiu numa herança deixada pelos administradores do Pará, na chamada República Velha. Inaugurado em 1892, portanto, apenas três anos após o fim do Império brasileiro, o conjunto arquitetônico recebeu cuidados dos grandes engenheiros que atuaram na Secretaria Estadual de Obras naquele período de abundância de recursos públicos, propiciados pelas exportações da borracha.

Os mesmos engenheiros que cuidaram de outras obras da nossa Belle Époque, como o Teatro da Paz, o Palácio Antônio Lemos e os Mercados de Carne e de Peixe, em Belém. Mas, quando, por volta de 1920, aquela riqueza havia se esgotado e os recursos públicos minguaram, o hospital nem por isto foi abandonado.

Um dos últimos secretários de Obras daquela fase, num instante já crítico da economia do Estado, foi o dedicado pesquisador das terras e da História do Pará, João de Palma Muniz. No relatório que escreveu em 1927, Muniz registrou que, no hospital:

  • As obras prosseguiram com toda a atividade, atendendo-se aos pontos que mais careciam reparos.

No Juliano Moreira, desta forma, a República Velha deixou marcas da arquitetura europeia, introduzidas no seu projeto arquitetônico por Odorico Nina Ribeiro, o construtor da Santa Casa. Marcas evidentes não só no seu aspecto físico externo, como as assinaladas pela arquiteta Cybelle Salvador Miranda, no estudo “Memória da Assistência à Saúde em Belém-PA”:

  • O Hospital Juliano Moreira era uma construção predominantemente horizontal, marcada pela simetria característica das construções de partido neoclássico, cujas aberturas organizavam-se em ritmo regular.

A arquiteta prossegue:

  • A imponência das suas edificações ecléticas, com corpo central destacado, corpos laterais simétricos, adotando a linguagem classicista era contrastada pela capela em linhas neogóticas.

Cybelle acrescenta que o projeto arquitetônico do hospital:

  • Adotou, como os demais hospitais da época, o modelo pavilhonar, com setores específicos para homens, mulheres e crianças.Mas, nele, o uso do porão e as platibandas, encobrindo a cobertura, representavam o avanço arquitetônico da época, ao balizar-se por padrões franceses.

Contudo, não só nos detalhes arquitetônicos do hospital, a República Velha deixou marcas que revelavam uma concepção avançada na criação de espaço físico destinado a doentes mentais.

Ismael Fückner conta, no ensaio “Corpos em delírio: discursos psiquiátricos e práticas asilares em Belém do Pará (1870 a 1920)” que, com a perspectiva de o hospital vir a oferecer uma terapia aos doentes mentais, Augusto Montenegro, governador do Pará na Belle Époque, se sentiu estimulado a importar da Europa diversos aparelhos hidroterápicos que foram montados em duas salas de banho, as quais passaram a contar também com uma caldeira e um gasômetro de acetileno.

Alguns detalhes dos salões de banhos hidroterápicos, ainda estavam na memória do psiquiatra Dorvalino Braga, o mais importante diretor dos últimos 30 anos do Juliano Moreira, antes de sua demolição em 1983, quando ele falou ao Grupo de Memória dos Construtores da Amazônia, da UFPa, em 2011.Como, por exemplo,suas banheiras inglesas e seus boxes individuais, cujas torneiras de águas, fria e morna,eram controladas por funcionários do hospital. Disse o médico:

  • A água morna se usava como sedativo,

Aqueles salões de banhos recuperaram uma antiga tradição de tratamentos naturais com o emprego de águas, provinda dos gregos. Este naturalismo terapêutico, por outro lado, foi associado a um procedimento médico utilizado somente décadas depois, inclusive no próprio Juliano Moreira, na gestão de Dorvalino Braga. Um procedimento que garantia liberdade de circulação aos pacientes, além dos limites de suas enfermarias, o “open-door”. Continua Fücker:

  • Em conformidade com o modelo europeu, foi modificado todo o regime alimentar dos internos, ao qual foi acrescentada uma variedade de alimentos vegetais com grande abundância de frutas. Aliada a esta tendência ‘naturalista’, houve o incentivo à construção de um pomar e à utilização de uma vasta área verde para que os internos ‘disciplinados’ passassem parte de seu tempo passeando ou trabalhando.

Assim, com a destruição dos salões de hidroterapia, a História da Medicina do Pará perdeu dois tipos de valiosos documentos. Documentos arquitetônicos. Dorvalino, por exemplo, lembrou dos ladrilhos e das escadarias de mármore francês, e, de pisos de madeiras nobres com cores contrastantes, existentes no hospital.E documentos de uma fase da História da Psiquiatria no Pará.

Pois, os salões de hidroterapia comprovavam que,o “Asilo de Alienados”, como o Juliano Moreira foi chamado inicialmente, buscava oferecer a seus pacientes algo além da simples hospedagem e da assistência religiosa – tudo o que, até então, tinham oferecido os asilos de doentes mentais, no Pará. Buscava oferecer-lhes, sobretudo, a cura de seus males. Esta peculiaridade do Juliano Moreira foi detectada por Fückner:

  • Desde 1907, o diretor médico e o médico ajudante passaram a residir no próprio estabelecimento.E os serviços clínicos ficaram a cargo dos médicos, inspetores, enfermeiros e guardas leigos.

As irmãs religiosas, que antes comandavam os hospitais de Belém, no Juliano Moreira – as Filhas de Santana -ficaram responsáveis apenas pelos serviços administrativos. Para uso delas, havia no hospital capela com cúpula. Cujos vitrais permaneceram vivos na memória do doutor Dorvalino.

* Oswaldo Coimbra é escritor e jornalista.

Translation to English (tradução para o Inglês)

In the demolished hospital in Belém, English bathtubs and French staircases

In the demolished hospital, English bathtubs and French staircases

The architectural complex of the Juliano Moreira Psychiatric Hospital was a legacy left by the administrators of Pará during the so-called Old Republic.

Inaugurated in 1892, just three years after the end of the Brazilian Empire, the architectural complex was carefully designed by prominent engineers from the State Department of Public Works during a period of abundant public resources, fueled by rubber exports.

These were the same engineers responsible for other works from our Belle Époque, such as the Teatro da Paz, the Antônio Lemos Palace, and the Meat and Fish Markets in Belém.

However, when that wealth dried up around 1920 and public resources dwindled, the hospital was not abandoned.

One of the last Secretaries of Public Works during that critical phase of the state’s economy was João de Palma Muniz, a dedicated researcher of Pará’s lands and history.

In his 1927 report, Muniz noted that, at the hospital:

  • The works continued with full activity, addressing the areas most in need of repairs.

At Juliano Moreira, the Old Republic thus left traces of European architecture, introduced into its architectural design by Odorico Nina Ribeiro, the builder of the Santa Casa.

These traces were evident not only in its external physical appearance, as highlighted by architect Cybelle Salvador Miranda in her study “Memory of Healthcare in Belém-PA”:

  • The Juliano Moreira Hospital was a predominantly horizontal construction, marked by the characteristic symmetry of neoclassical buildings, with openings organized in a regular rhythm.

The architect continues:

  • The grandeur of its eclectic buildings, with a prominent central body and symmetrical lateral wings adopting a classicist language, was contrasted by the neo-Gothic lines of the chapel.

Cybelle adds that the hospital’s architectural design:

  • Adopted, like other hospitals of the time, the pavilion model, with specific sectors for men, women, and children. However, the use of basements and parapets concealing the roof represented the architectural advancement of the era, guided by French standards.

However, it was not only in the architectural details of the hospital that the Old Republic left marks revealing an advanced concept in creating physical spaces for the mentally ill.

Ismael Fückner, in his essay “Bodies in Delirium: Psychiatric Discourses and Asylum Practices in Belém do Pará (1870 to 1920),” recounts that, with the prospect of the hospital offering therapy to the mentally ill, Augusto Montenegro, governor of Pará during the Belle Époque, was motivated to import various hydrotherapy devices from Europe. These were installed in two bath rooms, which also included a boiler and an acetylene gasometer.

Some details of the hydrotherapy bath rooms were still vivid in the memory of psychiatrist Dorvalino Braga, the most significant director of Juliano Moreira in its final 30 years before its demolition in 1983, when he spoke to the Memory Group of Amazon Builders at UFPA in 2011.

For example, its English bathtubs and individual booths, with faucets for cold and warm water controlled by hospital staff.

The doctor stated:

  • Warm water was used as a sedative.

Those bath rooms revived an ancient tradition of natural treatments using water, originating from the Greeks.

This therapeutic naturalism was, in turn, associated with a medical procedure used only decades later, including at Juliano Moreira itself, under Dorvalino Braga’s management.

A procedure that ensured patients’ freedom of movement beyond the confines of their wards, known as the “open-door” policy.

Fückner continues:

  • In line with the European model, the patients’ diet was entirely revised, incorporating a variety of plant-based foods with an abundance of fruits. Alongside this ‘naturalist’ tendency, there was encouragement for the creation of an orchard and the use of a large green area where ‘disciplined’ patients could spend part of their time walking or working.

Thus, with the destruction of the hydrotherapy rooms, the history of medicine in Pará lost two types of valuable documents.

Architectural documents: Dorvalino, for instance, recalled the tiles and French marble staircases, as well as noble wood floors with contrasting colors, present in the hospital.

And documents from a phase of the history of psychiatry in Pará.

The hydrotherapy rooms proved that the “Asylum for the Insane,” as Juliano Moreira was initially called, sought to offer its patients more than mere lodging and religious assistance—everything that mental asylums in Pará had provided until then.

It aimed, above all, to offer them a cure for their ailments.

This peculiarity of Juliano Moreira was noted by Fückner:

  • Since 1907, the medical director and assistant doctor began residing at the facility itself. Clinical services were handled by doctors, inspectors, nurses, and lay guards.

The religious sisters, who previously managed Belém’s hospitals, at Juliano Moreira—the Daughters of Santana—were responsible only for administrative services.

For their use, the hospital had a chapel with a dome.

Its stained glass windows remained vivid in Dr. Dorvalino’s memory.

*Oswaldo Coimbra is a writer and journalist.

(Illustration: an example of an antique hydrotherapy bathtub)

Tags: banheiras inglesasDestaqueescadarias francesasno hospital demolidoOswaldo Coimbra
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