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Home Cultura

Não se espante, professora Paola: na Amazônia há muita cultura também

Oswaldo Coimbra por Oswaldo Coimbra
02/07/2025
in Cultura
Não se espante, professora Paola: na Amazônia há muita cultura também

Escritos de Brunelli, no Fórum Landi

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 Poderia ser divertido ver aquele espanto que a Amazônia causou na professora Paola Focardi, do Departamento de Astronomia da Universidade de Bolonha.

Quando ela teve de escrever uma resenha para o Giornale di Astronomia dela Società Astronomica Italiana, sobre uma obra do pesquisador Carlos Francisco Moura, cuja carreira acadêmica, obviamente, não conhecia.

O arquiteto e pesquisador acabara de publicar pelo Real Gabinete Português de Leitura os resultados das pesquisas que, nos últimos anos, vinha realizando sobre a Amazônia.

Isto, depois de ter se dedicado à outra área do Brasil, o Pantanal, com a mesma característica marcante mantida por ele em toda sua carreira acadêmica.

A de conseguir sempre criar um choque frontal com imagens veiculadas internacionalmente pelos meios de comunicação.

A Carlos Moura pouca importância tinha tido a imagem do Pantanal mostrada pela grande mídia: a de região dos belos tuiuiús.

Pois lá ele encontrava uma rica História da Cultura de onde extraía os mais fascinantes temas.

Sua bibliografia sobre a região se compunha de obras sobre a Arquitetura, a Medicina e o Teatro pantaneiros, nos anos de1700.

E sobre a expedição russa que, entre1824 e 1829, passara pelo Pantanal, ao percorrer 16 mil quilômetros no interior do Brasil, sob a chefia do barão Georg Heinrich Von Langsdorff.

Ocorreu que Carlos Moura inscreveu um trabalho na XII Reunião Internacional de História da Náutica e da Hidrografia, ocorrida em Medina Del Campo, na Espanha.

E surpreendeu quem conhecia sua antiga dedicação ao Pantanal, ao apresentar, uma preciosa pesquisa sobre outra região brasileira insistentemente reduzida a mero santuário ecológico em publicações, filmes e telejornais: a Amazônia.

Ele dissertou, no evento, sobre um tema eruditíssimo: os instrumentos astronômicos e os livros científicos que tinham sido usados, a partir de1753, nos mapeamentos de rios, por técnicos italianos, alemães e portugueses, contratados por Portugal, para realizarem um trabalho de demarcações das terras lusitanas na Amazônia.  

A contratação deles foi uma providência tomada por Portugal, depois de um acordo firmado com a Espanha, em 13 de janeiro de 1750, conhecido como Tratado de Madri.

Pelo qual foram determinados quais eram os limites dos domínios dos dois reinos na América do Sul. 

Foi a ampliação desta pesquisa que Carlos Moura publicou no livro “Astronomia na Amazônia do Século XVIII”, a obra que espantou a astrônoma bolonhesa.

Na sua resenha, Paola indagou, quase em pânico:

“Que tipo de Astronomia poderia ser feita em1753 em lugares tão cheios de perigos, de vegetação tão compacta e extremamente chuvosos ?”

Ela mesma respondeu, com empáfia:

“Certamente, não é a Astronomia à qual estamos acostumados hoje e que já naquela época, era praticada na Europa”.

Antes destes comentários, Paola havia proclamado em seu texto, ao se referir à Amazônia:

“Nada parece ser mais alheio e inapropriado do que a Astronomia para um território que, por sua estrutura e meteorologia, nunca figuraria, sequer no último lugar, em uma relação de sítios candidatos a sediar um observatório astronômico”.

Ela prosseguiu:

“Se, além disso, às dificuldades do lugar, se acrescentam também as da época, o mistério se torna ainda mais denso”.

Na verdade, não deveria ter existido mistério algum para a astrônoma, pois, Carlos Moura se dedicou, naquele livro, sobretudo às atuações de dois técnicos- astrônomos matemáticos-,daquela Comissão de Demarcações de Limites portuguesa enviada para a Amazônia.

Algo que nada tinha de extraordinário, depois de mais de um século de presença na região brasileira de especialistas europeus, entre os quais engenheiros militares, a serviço da coroa lusitana.

Um dos astrônomos, Giovanni Brunelli, pertencera à equipe de cientistas do Observatório de Astronomia da própria cidade de Paola, Bolonha, antes de ser contratado por Portugal.

O outro, Ignác Szentmártonyi, nasceu na Hungria, um país europeu de tradição milenar na área profissional de Paola, a Astronomia.

A ligação de Ignác com a Amazônia aparece em obras como“Astrônomos húngaros”de Louis Bartha e EdinaPischné.

E em verbetes dedicados a ele em enciclopédias como Biographical Encyclopedia da Hungria (1.000-1900), Biographical Encyclopedia of Astrônomos Hungria, Hungria Biographical Encyclopedia e Guia Biográfico Zoltan.

Além disto, como Brunelli e Ignác, àquele grupo de técnicos demarcadores de limites pertenceu o arquiteto Antonio Giuseppe Landi, nascido em Bolonha, como Paola.

E que foi membro da Academia Clementina de Ciência, naquela cidade.

O valioso conjunto de obras que Landi deixou em Belém, é, hoje, estudado por um circuito internacional de pesquisadores, alguns dos quais italianos.

Não chega a ser, portanto, divertida a visão do espanto da astrônoma bolonhesa?

Afinal, o espanto não revela o desconhecimento de fatos registrados em livros que certamente estão nos acervos de bibliotecas fisicamente próximas dela?

  • Oswaldo Coimbra é escritor e jornalista

Translation (tradução)

Don’t be surprised, teacher Paola: In the Amazon, there is also a lot of culture

It would have been amusing to witness the astonishment the Amazon caused in Professor Paola Focardi, of the Department of Astronomy at the University of Bologna.

She was tasked with writing a review for the Giornale di Astronomia of the Società Astronomica Italiana, about a work by researcher Carlos Francisco Moura—whose academic career she, understandably, was unfamiliar with.

The architect and researcher had just published, through the Real Gabinete Português de Leitura, the results of research he had been conducting in recent years on the Amazon.

This came after his previous scholarly focus on another Brazilian region, the Pantanal, where he maintained a hallmark trait that defined his entire academic trajectory:

That of consistently challenging internationally propagated images promoted by the media.

Carlos Moura paid little heed to the media’s portrayal of the Pantanal as merely the land of the majestic jabirus.

For him, it was a land rich in cultural history, from which he drew the most fascinating themes.

His bibliography on the region included works on Pantanal architecture, medicine, and theater in the 1700s.

And also on the Russian expedition that passed through the Pantanal between 1824 and 1829, covering 16,000 kilometers across the Brazilian interior under the command of Baron Georg Heinrich von Langsdorff.

Carlos Moura later submitted a paper to the 12th International Meeting on the History of Nautical Science and Hydrography, held in Medina del Campo, Spain.

There, he surprised those familiar with his former focus on the Pantanal by presenting a valuable study on another Brazilian region—one that is repeatedly reduced, in publications, films, and TV news, to nothing more than an ecological sanctuary: the Amazon.

At the event, he delivered a scholarly presentation on an exceptionally erudite topic: the astronomical instruments and scientific books used, beginning in 1753, in the mapping of Amazonian rivers by Italian, German, and Portuguese technicians hired by Portugal to carry out land demarcation work in the region.

These specialists had been hired as part of Portugal’s response to an agreement signed with Spain on January 13, 1750—the Treaty of Madrid—which established the boundaries between the two kingdoms’ domains in South America.

It was the expansion of this research that Carlos Moura later published in the book Astronomy in the Amazon in the 18th Century, the very work that so astonished the Bolognese astronomer.

In her review, Paola asked, nearly in panic:

“What kind of astronomy could possibly have been conducted in 1753 in such perilous, densely vegetated, and extremely rainy places?”

She then answered herself, rather pompously:

“Certainly, it was not the kind of astronomy we are accustomed to today and which, even back then, was already being practiced in Europe.”

Prior to these remarks, Paola had stated in her text, when referring to the Amazon:

“Nothing seems more foreign and unsuitable than astronomy for a region that, due to its structure and meteorology, would never even be considered—let alone make the bottom of the list—as a potential site for an astronomical observatory.”

She went on:

“If, in addition to the challenges of the location, we also consider the difficulties of the time, the mystery only deepens.”

In truth, there should have been no mystery at all for the astronomer, since Moura’s book focused especially on the work of two technical specialists—astronomer-mathematicians—who had been part of the Portuguese Boundary Demarcation Commission sent to the Amazon.

Far from extraordinary, this was simply a continuation of more than a century of European expert presence in Brazil, including military engineers, all serving the Portuguese crown.

One of the astronomers, Giovanni Brunelli, had belonged to the team of scientists at the very Astronomical Observatory of Bologna—Paola’s own city—before being hired by Portugal.

The other, Ignác Szentmártonyi, was born in Hungary, a European country with a centuries-old tradition in Paola’s own field, astronomy.

Ignác’s connection to the Amazon is documented in works such as Hungarian Astronomers by Louis Bartha and Edina Pischné, and in entries dedicated to him in encyclopedias such as the Biographical Encyclopedia of Hungary (1000–1900), Biographical Encyclopedia of Hungarian Astronomers, Hungarian Biographical Encyclopedia, and Zoltan’s Biographical Guide.

In addition, like Brunelli and Ignác, the boundary demarcation group also included architect Antonio Giuseppe Landi, who was born in Bologna—just like Paola—and had been a member of the Clementine Academy of Science in that city.

The invaluable body of work Landi left in Belém is now studied by an international network of researchers, including several Italians.

So isn’t it, after all, quite amusing to see the surprise of the Bolognese astronomer?

Doesn’t her reaction reveal an unfamiliarity with facts recorded in books that are likely housed in libraries physically close to her?

  • Oswaldo Coimbra is a writer and journalist.

(Illustration: Brunelli’s writings, at the Fórum Landi)

Tags: Destaquena Amazônia há muita cultura tambémnão se espanteprofessora Paola
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