A mulher que participou da trama que culminou na morte do açougueiro João Eduardo Rodrigues, de 66 anos, juntamente com a namorada dela e filha da vítima, Maria Etiany da Silva Rodrigues, em fevereiro deste ano, em Altamira, vai continuar presa preventiva por decisão do Tribunal de Justiça do Pará.
A decisão é da Seção de Direito Penal do TJ, que negou habeas corpus a ela. A ré, Débora Macieira de Andrade, é acusada de participação em um latrocínio – roubo seguido de morte – que chocou os moradores de Altamira, na Região do Xingu, sudoeste paraense.
Débora de Andrade era namorada de Maria Etiany da Silva Rodrigues, filha do idoso, morto em 2 de fevereiro deste ano. O açougueiro foi vítima de latrocínio planejado pela própria filha em que os criminosos roubaram R$ 30 mil, que ela sabia que o pai guardava em casa. Débora foi presa em 1º de março deste ano.
Os desembargadores acompanharam à unanimidade o voto da relatora do HC, Vânia Lúcia Carvalho da Silveira, que não acatou os argumentos da defesa “haja vista que a periculosidade evidenciada da agente externada pelo modus operandi da conduta por ela desenvolvida, na companhia de outros cinco corréus”.
Segundo a relatora, diante da materialidade e indícios suficientes de autoria delitiva identificados nos autos, “justifica de forma bastante satisfatória a necessidade de ser garantida a ordem pública diante da periculosidade concreta da ré à sociedade, externada pela notória gravidade do crime”.
João Eduardo Rodrigues foi assassinado no dia 2 de fevereiro deste ano, por volta das 5 horas da manhã, quando saía de casa para o trabalho. Na ocasião, um homem armado apareceu na porta da residência dele e anunciou o assalto.
A vítima foi levada até o interior da casa e obrigada a entregar uma sacola onde estava a quantia de aproximadamente R$ 30 mil. Após pegar o dinheiro, o assaltante disparou um tiro no idoso e fugiu. João Eduardo morreu pouco tempo depois de receber atendimento médico.
Segundo informações da Polícia Civil, após o crime, a filha da vítima, Maria Etiany da Silva Rodrigues, se apresentou da Seccional de Altamira e informou como foi o planejamento do crime que, inicialmente, seria apenas um roubo.