O prefeito de Muaná, Éder Azevedo Magalhães, o Biri (PSC), e o vereador João Guilherme Kalume Kalif (PSDB), ambos candidatos à reeleição, foram acusados de distribuir alimentos a eleitores do município em troca de votos, o que configura crime eleitoral.
O promotor da 10ª Zona Eleitoral, Luiz Gustavo da Silva Quadros, ao saber das denúncias ajuizou ação de investigação judicial eleitoral pedindo a cassação das candidaturas do prefeito e do vereador e o fim da distribuição dos alimentos da merenda escolar na zona ribeirinha do município.
No dia 10 de novembro último, quatro pessoas foram presas em flagrante naquele município do Arquipélago do Marajó, e são investigadas pelo crime de compra de votos, entre elas duas professoras da rede municipal de ensino lotadas na Secretaria Municipal de Educação de Muaná.
De acordo com a denúncia, essas pessoas estavam em uma lancha voadeira distribuindo kits de merenda escolar na zona ribeirinha de Muaná. Os tripulantes da lancha eram Maria Pimentel Monteiro, Danielly Pimentel Monteiro, Messias Soares Monteiro e Josiane Pereira Monteiro que portavam camisas e bandeiras com o nome do prefeito e do vereador.
O promotor também já havia recebido relatos de professores e diretores de escolas de que estaria prevista a distribuição dos kits nas escolas do interior do município na semana da eleição.
Para o promotor eleitoral, a situação “evidencia claramente o uso da máquina pública com a intenção de captação ilícita de sufrágio, a nefasta compra de votos. Essa postura visa aumentar a quantidade de votos que os requeridos Éder Azevedo Magalhães e João Guilherme Kalume Kalif almejam obter no pleito eleitoral de 2020 com o suporte de seus cabos eleitorais utilizando a máquina pública municipal. ”
Na ação, Luiz Gustavo Quadros pede a suspensão da distribuição dos kits de merenda escolar e ainda que o prefeito Biri Magalhães e o vereador João Guilherme Kalume Kalif fiquem inelegíveis pelos próximos oito anos e que sejam cassados os registros de candidatura dos dois.
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