A ferrovia de Carajás, no trecho próximo à cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará, foi desbloqueada hoje pela manhã por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que estavam no local desde segunda-feira, 3.
O MST informou ao Ver-o-Fato que a liberação dos trilhos da ferrovia, por onde transitam o minério de ferro da empresa Vale e passageiros que entram e saem do Estado rumo ao Maranhão, ocorreu porque o governo federal decidiu se reunir com lideranças do movimento, no começo da próxima semana em Brasília, para debater a pauta de reivindicações da entidade.
Centenas de manifestantes, porém, ainda mantém acampamentos de lona às margens da ferrovia, afirmando que só irão deixar definitivamente o local depois que suas reivindicações forem atendidas pelo governo.
Havia uma ordem da Justiça de Marabá para que o MST deixasse imediatamente a ferrovia. Homens da Polícia Militar e oficiais de Justiça estiveram no local para garantir a desocupação.
Hoje, em 19 municípios do sul e sudeste do Pará, mais de 10 mil famílias reivindicam lotes de terra para plantar e neles viver. O MST acusa o governo de lentidão no processo de reforma agrária e demora na liberação de crédito às famílias já assentadas.
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