* Francisco Sidou
A previsão técnica, com precisão cirúrgica, feita pelos consultores da
Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), na década de 80,
quando da elaboração de mais um Plano Diretor de Transporte Urbano
(PDTU ), de que Belém iria “travar por volta de 2010”, caso nada fosse
feito em obras viárias para melhorar a mobilidade urbana, já é uma
realidade vivenciada no cotidiano de mais de 1,7 milhões de pessoas que
trabalham, estudam ou residem na Grande Belém.
Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), na década de 80,
quando da elaboração de mais um Plano Diretor de Transporte Urbano
(PDTU ), de que Belém iria “travar por volta de 2010”, caso nada fosse
feito em obras viárias para melhorar a mobilidade urbana, já é uma
realidade vivenciada no cotidiano de mais de 1,7 milhões de pessoas que
trabalham, estudam ou residem na Grande Belém.
Como todo grande núcleo
urbano, a capital paraense enfrenta o inchaço que aumenta
vertiginosamente. A frota de veículos na região metropolitana de Belém
vem crescendo a uma taxa de 10 % ao ano. Já circulam hoje na cidade mais
de 600 mil veículos automotores e a expectativa é que essa frota
triplique nos próximos dez anos.
urbano, a capital paraense enfrenta o inchaço que aumenta
vertiginosamente. A frota de veículos na região metropolitana de Belém
vem crescendo a uma taxa de 10 % ao ano. Já circulam hoje na cidade mais
de 600 mil veículos automotores e a expectativa é que essa frota
triplique nos próximos dez anos.
Nesse cenário cada vez mais
conturbado, por falta de planejamento urbano e de obras viárias
indispensáveis, os motoristas continuam disputando espaço praticamente
nas mesmas vias de 30 anos atrás. Apesar da gravidade do problema, que
atinge não só os condutores, mas a quantos precisam se deslocar em
transporte coletivo para trabalhar ou estudar, as soluções até agora
apresentadas são cosméticas e inversamente proporcionais à velocidade
com que o pesado tráfego e estressante trânsito caminham para o
estrangulamento quase total do sistema viário de Belém.
conturbado, por falta de planejamento urbano e de obras viárias
indispensáveis, os motoristas continuam disputando espaço praticamente
nas mesmas vias de 30 anos atrás. Apesar da gravidade do problema, que
atinge não só os condutores, mas a quantos precisam se deslocar em
transporte coletivo para trabalhar ou estudar, as soluções até agora
apresentadas são cosméticas e inversamente proporcionais à velocidade
com que o pesado tráfego e estressante trânsito caminham para o
estrangulamento quase total do sistema viário de Belém.
Os problemas do
trânsito em transe têm provocado, além dos congestionamentos colossais,
abalos na saúde e na qualidade de vida da população. Buzinaços que
nada resolvem, mas estressam; filas duplas e triplas na frente de
colégios particulares; o “jeitinho” de parar o carro em qualquer lugar
“porque não vai demorar, é rapidinho” ; ocupação de vagas de idosos e
pessoas com deficiências na maior cara de pau”; o desrespeito às normas
de trânsito (dirigir sem cinto de segurança e falando ao celular,
dirigir sem capacetes nas motos, carregando mais de 2 pessoas e até
crianças sem proteção , bicicletas e carroças na contramão), além de
total ausência de regras mínimas de civilidade formam um “caldo de
cultura” que está deixando todo mundo estressado junto com o trânsito
engessado e sem lei.
trânsito em transe têm provocado, além dos congestionamentos colossais,
abalos na saúde e na qualidade de vida da população. Buzinaços que
nada resolvem, mas estressam; filas duplas e triplas na frente de
colégios particulares; o “jeitinho” de parar o carro em qualquer lugar
“porque não vai demorar, é rapidinho” ; ocupação de vagas de idosos e
pessoas com deficiências na maior cara de pau”; o desrespeito às normas
de trânsito (dirigir sem cinto de segurança e falando ao celular,
dirigir sem capacetes nas motos, carregando mais de 2 pessoas e até
crianças sem proteção , bicicletas e carroças na contramão), além de
total ausência de regras mínimas de civilidade formam um “caldo de
cultura” que está deixando todo mundo estressado junto com o trânsito
engessado e sem lei.
Saídas ? Elas existem e estão bem ali na
nossa frente. São as abundantes águas que banham Belém, que continua de
costas para sua vocação natural. Não por culpa sua, claro, mas dos
interesses escusos e difusos da perdulária elite econômica que domina a
gestão da cidade. Transporte fluvial urbano é a
solução economicamente mais viável que ainda pode ser adotada para
livrar Belém do inevitável colapso de seu falido sistema de transporte
viário, que padece dos efeitos perversos da falta de planejamento e do
descaso de décadas e de gestões pífias, amadoras e temerárias.
nossa frente. São as abundantes águas que banham Belém, que continua de
costas para sua vocação natural. Não por culpa sua, claro, mas dos
interesses escusos e difusos da perdulária elite econômica que domina a
gestão da cidade. Transporte fluvial urbano é a
solução economicamente mais viável que ainda pode ser adotada para
livrar Belém do inevitável colapso de seu falido sistema de transporte
viário, que padece dos efeitos perversos da falta de planejamento e do
descaso de décadas e de gestões pífias, amadoras e temerárias.
A
Semob anunciou, há seis meses, com pompa e circunstância abertura de
licitação para uma linha fluvial urbana incluindo no trajeto
Mosqueiro/Belém, Outeiro/Icoaraci/Belém, com modernas lanchas fluviais.
Depois disso, a Semob se fechou numa cortina de silêncio. Aguardávamos
todos que esse seria um presente para comemorar os 400 anos de Belém.
Ledo engano !
Semob anunciou, há seis meses, com pompa e circunstância abertura de
licitação para uma linha fluvial urbana incluindo no trajeto
Mosqueiro/Belém, Outeiro/Icoaraci/Belém, com modernas lanchas fluviais.
Depois disso, a Semob se fechou numa cortina de silêncio. Aguardávamos
todos que esse seria um presente para comemorar os 400 anos de Belém.
Ledo engano !
Certamente os donos de ônibus, que também se
acham os donos da cidade, não gostaram da”novidade” e trataram de dizer
isso com todas as letras ao pessoal da Semob. Os donos de ônibus estão
satisfeitos com o caos hoje instalado no trânsito de Belém e não querem
mudanças. O problema é que eles não foram eleitos pelo povo. Apenas
deram uma “ajuda” na eleição do atual e de todos os ex-prefeitos de
Belém nos últimos 50 anos…
acham os donos da cidade, não gostaram da”novidade” e trataram de dizer
isso com todas as letras ao pessoal da Semob. Os donos de ônibus estão
satisfeitos com o caos hoje instalado no trânsito de Belém e não querem
mudanças. O problema é que eles não foram eleitos pelo povo. Apenas
deram uma “ajuda” na eleição do atual e de todos os ex-prefeitos de
Belém nos últimos 50 anos…
Com isso, se acham no direito de barrar todo
e qualquer projeto que represente uma saída moderna para o sistema de
transporte de Belém, com medo de perder seus privilégios sustentados
pela “cultura do atraso” e pelo descaso de gestão de nossa maltratada
cidade. Bela, morena,brejeira e faceira, apesar da indiferença de alguns filhos ingratos (incluindo alguns políticos) que
insistem em maltratá-la .
e qualquer projeto que represente uma saída moderna para o sistema de
transporte de Belém, com medo de perder seus privilégios sustentados
pela “cultura do atraso” e pelo descaso de gestão de nossa maltratada
cidade. Bela, morena,brejeira e faceira, apesar da indiferença de alguns filhos ingratos (incluindo alguns políticos) que
insistem em maltratá-la .
Francisco Sidou é jornalista
[email protected]Na Almirante Barroso, a bagunça diária de sempre, sob a inércia da Semob |
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O papel aceita tudo, inclusive projetos que nunca decolam |
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