No final do ano passado, a empresa comunicou às prefeituras e órgãos púbicos que encerrará suas atividades no próximo dia 31 de maio. Com isso, toneladas de resíduos produzidos todos os dias pelos três municípios ficarão sem destinação.
Um dos temas da reunião foram as soluções de engenharia ainda necessárias atualmente, para evitar que as pessoas continuem sofrendo com as condições em que se encontra o aterro. Os moradores também ficaram cientes que o Ministério Público continuará a exigir que os prefeitos apontem um local para solução do problema.
“No momento esse é nosso principal foco. Quem tem de definir o novo local de deposição dos resíduos não é o Ministério Público, mas sim os três municípios. Belém é o maior gerador de resíduos e, em reunião recente com o prefeito Zenaldo, ele sinalizou que reuniria com os demais prefeitos e disse que já havia algumas empresas apontando soluções para o problema”, frisou a promotora Ana Magalhães.
Outro ponto importante do encontro foi o relatório do Instituto Evandro Chagas (IEC), que afirmou que já houve dano ao meio ambiente. “Na avaliação desse relatório do IEC é importante, primeiramente, verificar se esse dano ao meio ambiente já atingiu a saúde das pessoas, para que possamos cobrar as responsabilidades e as medidas necessárias para proteger os direitos das pessoas atingidas”, argumentou Ana Guimarães.
Segundo a promotoria, após tomar conhecimento desse relatório, a preocupação era retirar as pessoas do local por conta de uma possível contaminação. Ainda de acordo com a promotoria, é preciso que os estudos sejam finalizados, para que então sejam identificados os locais exatos dessa rota de contaminação. Fonte: MP
Fala a empresa
Em nota enviada ao Ver-o-Fato, a empresa diz o seguinte: “A Guamá Tratamento de Resíduos utiliza critérios construtivos de engenharia de modo a garantir a segurança ambiental e a qualidade das águas subterrâneas, superficiais e solo, seguindo padrões da legislação e normas específicas.
Portanto, até o momento, não há nada que possa imputar à empresa danos à saúde da população local. A empresa implementa um plano de monitoramento sistemático para aferição frequente da qualidade dos recursos hídricos. Periodicamente, é realizado o acompanhamento das flutuações do nível freático do aquífero e medições da qualidade das águas subterrâneas no empreendimento.
A Guamá entende que as comunidades mencionadas como analisadas pelo estudo não estão na área de influência do Aterro Sanitário nem de particulados nem de água subterrânea. No caso dos particulados, a predominância dos ventos é sudoeste, ou seja, no sentido contrário à comunidade.
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