Uma sequência de assassinatos registrados nos últimos dias, em dois bairros, todos com características de execução, deixaram os moradores de Marabá apreensivos com a provável existência de justiceiros, pois três dos mortos tinham envolvimento com a criminalidade.
A vítima mais recente foi encontrada na tarde desta terça-feira (22), no Bairro Francolândia, no Núcleo São Félix, depois que moradores avisaram a Polícia Militar sobre a existência do cadáver, jogado próximo do Mercado do Ceará.
No local, a vítima foi identificada como Marcos Vieira Lima, de 23 anos, que estava desaparecido havia três dias. O corpo estava com as mãos amarradas para trás e segundo a perícia criminal, os assassinos mataram o rapaz enforcado com uma corda.
Dois dias antes, no mesmo bairro, o homem identificado como Bismawy Tayan Souza Prates, o “Torô”, de 24 anos, também foi assassinado por criminosos não identificados. Ele levou vários tiros pelo corpo e o crime, também com característica de execução, ocorreu no Residencial Magalhães.
De acordo com a Polícia Civil, Bismawy Prates respondia a dois processos por tráfico de drogas e um por receptação de produto roubado. Em 2019, ele fugiu do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes, mas foi recapturado pela Polícia Militar.
Outros dois corpos já tinham sido encontrados com mãos e pés amarrados, lado a lado, com várias perfurações de balas, no domingo (20), no Bairro do Infraero, no Núcleo Cidade Nova. Os dois foram identificados como Jardel Gomes do Nascimento, de 27 anos, o “Canetinha”, e Ricardo Leal da Silva, de 26 anos e tudo indica que foram mortos na mesma hora.
Os cadáveres estavam jogados em um matagal, amarrados e amordaçados, com marcas de tiros na cabeça. Segundo a Polícia Civil, Jardel “Canetinha” respondia em liberdade a um processo por homicídio, praticado em maio de 2019, em um balneário localizado às margens do Rio Itacaiúnas. Ele também tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
O outro homem morto, Ricardo da Silva, tinha condenação por furto e estava cumprindo pena em regime semiaberto. A Divisão de Homicídios de Marabá investiga os quatro casos, mas até o momento ainda não conseguiu identificar nenhum dos matadores.