O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), o almirante Daniel Hagari, declarou, na manhã desta segunda-feira (9), que as tropas israelenses retomaram o controle de todas as comunidades ao redor da Faixa de Gaza. Segundo ele, não há mais combates entre as FDI e o Hamas.
O anúncio foi feito mais de 48 horas após o Hamas ter lançado um ataque surpresa, no sábado (7), com milhares de foguetes e enviado combatentes através da fronteira, numa incursão que Israel não via desde a Guerra da Independência de 1948.
A guerra se intensificou quando o grupo libanês Hezbollah emitiu um comunicado reivindicando a responsabilidade por atacar três locais israelenses em uma área conhecida como Fazendas Shebaa, usando mísseis e artilharia.
Israel respondeu aos ataques disparando contra a área do Líbano onde o ataque se originou, de acordo com a FDI anteriormente.
O número de mortos aumenta na medida em que os combates se intensificam — os números de domingo saltaram para mais de 430 em Gaza, com cerca de 2.200 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza; e mais de 700 mortos em Israel, segundo a FDI.
Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi atingido por ataques aéreos de Israel nesta segunda-feira (9). “Sem aviso, eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um [avião] F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo”, disse à Reuters um homem não identificado no campo de refugiados de Shati.
Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas em Gaza enquanto a FDI continua a atacar as posições do Hamas na faixa, segundo a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês) no domingo.
Quase 74 mil pessoas estão agora em 64 abrigos da UNRWA, afirma a declaração da agência. “As escolas e outras infraestruturas civis, incluindo aquelas que abrigam famílias deslocadas, nunca devem ser atacadas”, criticou a UNRWA.
O Hamas disse ter lançado mais 100 mísseis contra Israel, tendo como alvo o Aeroporto Internacional Ben Gurion. O grupo palestino disse também ter atacado Ashkelon, cidade ao sul de Israel.
Mil alvos
O porta-voz do exército israelense, Richard Hecht, afirmou que a caça ao Hamas está demorando mais do que o esperado por causa de brechas na fronteira. “Pensávamos que estaríamos em uma situação melhor [nesta segunda] pela manhã”, disse Hecht. Os combates ocorrem em “sete a oito” locais no sul de Israel.
Os militares israelenses disseram já ter atingido mais de mil alvos na Faixa de Gaza. O contra-ataque inclui bombardeios, como que arrasou grande parte da cidade de Beit Hanoun, no nordeste da Faixa de Gaza. “Continuaremos a atacar desta forma, e com esta força, continuamente, em todos os [locais] e rotas utilizadas pelo Hamas”, disse o contra-almirante israelense Daniel Hagari. Fontes: CNN Brasil e Associated Press.
VÍDEO DE BOMBARDEIO