O Paysandu segue com um ataque inoperante e descalibrado, incapaz de finalizar com eficiência. Na noite desta segunda-feira (26), o time paraense recebeu o Mirassol (SP) no estádio da Curuzu, pela 23ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, e não conseguiu superar a equipe paulista, resultando em um empate sem gols.
O primeiro tempo foi marcado por uma falta de ação e criatividade de ambas as equipes. O Paysandu, desesperado por uma vitória, tentou pressionar, mas sua falta de qualidade na circulação da bola e o excesso de toques tornaram o jogo monótono. O placar permaneceu zerado, refletindo a apatia do primeiro tempo.
Na segunda etapa, o Paysandu ganhou uma vantagem numérica logo no início, com a expulsão de Chico do Mirassol, que recebeu o segundo cartão amarelo aos 13 minutos. Com um jogador a mais, o Papão intensificou a pressão, mas o desempenho continuou abaixo das expectativas. A equipe de Hélio dos Anjos, embora mais agressiva, apresentou um futebol desorganizado e sem inspiração.
A principal chance do jogo veio aos 32 minutos, quando Esli Garcia, após uma grande jogada, cruzou para Juninho, que teve sua finalização salva de forma espetacular pelo goleiro Alex Muralha. Essa foi a única jogada de destaque em uma partida dominada pela pressão sem efetividade do Paysandu.
Mesmo com a vantagem numérica e um domínio territorial quase absoluto, o Paysandu não conseguiu converter a posse de bola em finalizações perigosas. A falta de criatividade e talento evidenciou-se mais uma vez, resultando em um empate frustrante.
O Mirassol, apesar de ser pressionado, manteve-se sólido defensivamente e conseguiu controlar o jogo, garantindo um ponto valioso fora de casa. O Paysandu, por sua vez, continua sua descida na tabela, agora mais próximo da zona de rebaixamento.
Time e sistema incompetentes
Com o resultado desta noite, a torcida do Paysandu está cada vez mais frustrada com a incompetência do time e a falta de resultados positivos, e a insatisfação não poupa o técnico Hélio dos Anjos. A irritação decorre da ineficácia crônica no sistema implantado pelo treinador.
O técnico, ao final de cada empate ou derrota, tanto em casa quanto fora da Curuzu, tem se desculpado pelos erros, assumindo a responsabilidade pessoalmente. No entanto, essas promessas de mudança não têm se concretizado. O cenário permanece inalterado, com o time mostrando a mesma falta de qualidade e criatividade jogo após jogo.
A sensação de que nada muda para melhor só aumenta a apreensão dos torcedores, que temem ver o clube sucumbir à ameaça real de rebaixamento para a Série C. Com o time afundando cada vez mais na tabela e a impressão de que o técnico não consegue implementar melhorias eficazes, o sentimento de desespero cresce entre os fãs do Papão.
O Paysandu, que já foi campeão da Copa Verde e se destacou por seu futebol vistoso, agora enfrenta uma crise que desafia sua sobrevivência na terceira divisão do futebol brasileiro. A torcida exige uma solução imediata para evitar o desastre iminente e restaurar a esperança de dias melhores para o clube.
Escalações:
Paysandu: Diogo Silva; Edílson, Quintana, Carlão, Bryan Borges; João Vieira (Netinho), Matheus Trindade, Cazares (Brendon); Robinho (Juninho), Ruan Ribeiro (Esli Garcia) e Yony Gonzalez. Técnico: Hélio dos Anjos.
Mirassol: Alex Muralha; Lucas Ramon (Henri), Gazal, João Victor, Zeca; Neto Moura (Izaque), Rodrigo Andrade, Gabriel (Bruno Matias); Chico, Yari Castilho e Léo Gamalho (João Pedro). Técnico: Mozart.
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