O fazendeiro Alessandro Camilo de Lima, de 48 anos, foi condenado, ontem (10), a 24 anos de prisão, em regime fechado, acusado do assassinato a tiros da ex-amante, Ana Karina Guimarães, na época com 29 anos, em Parauapebas, na Região Carajás sudeste paraense, em 2010.
O crime teve grande repercussão em todo o estado do Pará, porque a moça estava grávida de nove meses dele, e depois de assassinada teve o corpo jogado dentro de um tambor, que foi recheado com pedras e atirado no rio Itacaiúnas.
Ele foi condenado pelo Tribunal do Júri, presidido pelo juiz Raimundo Flexa, por homicídio duplamente qualificado, crime de aborto e ocultação de cadáver. A esposa do fazendeiro, Graziela Barros de Almeida, acusada de planejar o assassinato junto com ele, foi absolvida pelo júri.
O cúmplice do crime, Francisco de Assis Dias, que ajudou a ocultar o corpo da vítima, foi condenado a 3 anos e 40 dias de detenção, a princípio em regime semiaberto. O fazendeiro já cumpriu sete anos de prisão preventiva.
Emboscada
Alessandro Camilo foi denunciado pelo Ministério Público por ter, juntamente com a esposa, atraído a vítima para uma emboscada, prometendo dar dinheiro a ela para o parto e despesas do bebê que ela carregava no útero. A jovem tinha terminado o relacionamento com ele, mas cobrava a responsabilidade de pai.
De acordo com o processo, o fazendeiro atraiu a vítima para uma região remota, onde já estavam os outros criminosos, Francisco de Assis Dias e Florentino de Souza Rodrigues, os outros denunciados no processo. A moça foi morta a tiros no dia 10 de maio de 2010 e em seguida foi colocada em um tambor que estava na carroceria da caminhonete de Alessandro Camilo, que foi recheado com pedras e perfurado para que permanecesse no fundo do rio Itacaiúnas.
Dias depois do assassinato, Alessandro Camilo confessou o crime e relatou ter agido com a ajuda dos comparsas. Em 2013, um dos envolvidos no assassinato, Florentino Rodrigues, foi julgado e condenado a 24 anos de prisão por homicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver.
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