Era só o que faltava: manchas de óleo, provavelmente oriundas de algum navio com problemas nos rios da região, começaram a chegar desde a última terça-feira na Vila do Beja, em Abaetetuba. Moradores fizeram coleta e verificaram ser óleo viscoso, de cor negra, que chegou à praia, deixando as famílias temerosas de tomar banho no local.
Acionada, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) de Abaetetuba mandou uma equipe para Beja, realizando a coleta de óleo para exame. Ainda não é possível saber a origem desse óleo, mas alguns ribeirinhos, acostumados com vazamentos de rejeitos minerais, desconfiam que as manchas teriam vindo do Porto de Vila do Conde.
“Não sei de onde veio isso, mas precisamos saber, porque de terça-feira para cá o volume de óleo só tem aumentado na praia”, disse Arnaldo, administrador de Vila do Beja. Ele mandou fotos e vídeos ao Ver-o-Fato. E também coletou óleo e a própria água, para exames. Um outro morador, que não quis se identificar, declarou ter ouvido falar que um navio teria despejado óleo na região no começo da semana e partiu sem que pudesse ser identificado.
As informações sobre de quem seria a responsabilidade pelo crime ambiental, como se vê, ainda são vagas e precisam de explicações das autoridades. A Marinha, por outro lado, ainda não recebeu qualquer denúncia sobre possível vazamento ou até mesmo despejo ilegal de petróleo na região. É ela quem detém o controle dos rios e poderá, na investigação, identificar possíveis autores do crime.
Dentre as fotos enviadas ao Ver-o-Fato, uma delas mostra duas embarcações, uma ao lado da outra, cercadas por uma espécie de cinturão de contenção de possíveis manchas de óleo, mas não é possível dizer se isso teria relação com a chegada do óleo à praia do Beja. Só a investigação da Marinha é capaz de esclarecer qualquer dúvida.
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