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Home Meio Ambiente

EXCLUSIVO – Comunidades denunciam contaminação de igarapés por multinacional do dendê

Redação por Redação
17/04/2022
em Meio Ambiente
0
EXCLUSIVO – Comunidades denunciam contaminação de igarapés por multinacional do dendê

O caso, continuam eles,"já foi denunciado novamente ao Ministério Público pela associação quilombola (Arquic), "mas a empresa nega que isso esteja acontecendo, embora todo mundo saiba que está, que os peixes estão morrendo aos montes envenenados, que as comunidades nem podem mais usar os igarapés porque podem morrer envenenadas".

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” Precisamos fazer com que a Brasil Bio Fuels pare de envenenar e secar nossos igarapés, que se comprometa a replantar as cabeceiras dos igarapés, não com palma de dendê que é um monocultivo trazido de fora, mas com as espécies amazônicas mesmo, comuns nas regiões alagadas, espécies como miritizeiro ( em alguns lugares buritizeiros), que ajuda na recuperação da água. Que pare de matar nossas águas. Pare de nos envenenar. Não seja mentirosa, pregando sustentabilidade e envenenando nossos igarapés”.

Este é um trecho de uma denúncia-manifesto enviada ao Ver-o-Fato hoje por cinco entidades quilombolas, professores, pesquisadores e ativistas ambientais que atuam na região do vale do Rio Bujaru. Eles acusam a multinacional Brasil Bio Fuel, ex-Biopalma e ex-Biovale, de atirar produtos químicos nos igarapés da região, prejudicando milhares de famílias que vivem da pesca. Para reforçar a denúncia, eles enviaram vídeos da contaminação.

Segundo os denunciantes, o pedido de socorro é para que “essa denúncia repercuta nacionalmente e até mundialmente, porque só assim essa empresa pode recuar na sanha de matar as águas e consequentemente as comunidades da região do rio Bujaru”.

Para eles, quem conhece a verdade “só falta infartar de ler tanta mentira sobre “sustentabilidade e compromisso com questões ambientais e com as comunidades tradicionais” no site da empresa. Tudo mentira. Nós das comunidades do vale do rio Bujaru, dos igarapés Arapiranga e Cravo pedimos ajuda às pessoas de fato preocupada com a Amazônia e com as comunidades rurais que ficam reféns desses projetos de mortes”, afirma o manifesto.

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“Essa empresa e esse projeto vendido como sustentável, desmatou, secou e cercou as cabeceiras dos igarapés Cravo e Arapiranga. Há anos atrás, quando eles cercaram e desmataram a cabeceira do Cravo, as comunidades se mobilizaram e foram lá replantar para não secar. A empresa, naquela época com codinome de Biovale ou Biopalma (a troca de nome também parece ser estratégico) mandou passar o trator na replantação das comunidades. Passou o trator e plantou dendê nas cabeceiras do Cravo. A cabeceira original do igarapé secou, desceu. Ele continuou vivo, mas muito comprometido e agora nesse período de chuva, as comunidades voltam ao desespero porque a empresa está despejando toneladas de venenos e outros rejeitos da produção de palma, atingindo novamente o Arapiranga e o Cravo”, sustentam as entidades.

O caso, continuam eles, já foi denunciado novamente ao Ministério Público pela associação quilombola (Arquic), “mas a empresa nega que isso esteja acontecendo, embora todo mundo saiba que está, que os peixes estão morrendo aos montes envenenados, que as comunidades nem podem mais usar os igarapés porque podem morrer envenenadas”.

O Ver-o-Fato não conseguiu contato com a empresa Brasil Bio Fuels para ouvir a versão dela. O espaço está aberto à manifestação

Leia a íntegra da denúncia

As regiões Guajarina e do Baixo Tocantins são coladas uma na outra, essa divisão, inclusive, é apenas um critério meio simbólico arbitrário de demarcar alguns limites, difíceis na prática, de serem demarcados, porque na verdade, esses limites nunca existiram na vida das comunidades e nas lógicas territoriais antigas, baseada no uso e no movimento constante das pessoas entre esses rios, furos e igarapés fronteiriços. Tem rio que a depender do mapa, ora aparece como baixo Tocantins, ora como zona Guajarina como o caso do Acará.

Pois, para uma questão de didatismo, principalmente como maneira de apresentar a região para aqueles que não a conhecem, a região do baixo Tocantins e a região guajarina fazem parte do nordeste paraense e são as regiões antigas mais próximas da capital, inclusive durante o século XIX e parte do XX pertenceu ao município da capital.

Num resumo básico do baixo Tocantins e da região Guajarina coloca-se aqui o nome de alguns municípios e rios: Abaeté, Igarapé-miri, rio Moju e seu vale como um todo; Rio Bujaru, Acará e capim, incluindo os respectivos municípios e vales de seus rios, com atenção para o vale do rio Bujaru, que trataremos mais detidamente.

A região do rio Bujaru abriga dois municípios, o município mais antigo com o nome do mesmo rio e o município de Concórdia do Pará, uma vila que na década de 80 se emancipou do Bujaru velho ganhando independência municipal. Então falar em vale do rio Bujaru é falar de todas as comunidades que pertencem ao município de concórdia e de Bujaru. O rio Bujaru está dentro do vale do rio Guamá, sendo um dos seus braços do seu lado esquerdo.

O rio Bujaru tem muitos igarapés como braços. Vamos colocar aqui alguns (não todos) dos principais e as comunidades que ocupam suas margens: Igarapé Jutaí, Galho, Arapiranga, Dona, Cravo, Curuperé e Igarapé João. Todos esses igarapés atingem e passam por todas as comunidades rurais, quilombolas e negras do vale do rio Bujaru. São elas: Jutaí, Galho Cravo, Arapiranga, Timboteua Cravo, comunidade do KM 35-Cravo, comunidade da Foz do Cravo, Dona, Leão da Ilha, Curuperé, Curuperézinho, São Judas e Campo Verde.

Há aproximadamente 20 anos chegou nessa região um grande projeto de morte vendido como maravilha desenvolvimentista. Se trata do monocultivo para extração de óleo de palma de dendê, arquitetada por uma empresa que como disse no início já foi biovale, biopalma e agora Brasil Bio Fuels (procurem, vejam o discurso mentiroso que ela prega de preservação ambiental).

Aqui estamos falando especificamente da situação desesperadora das comunidades do vale do rio Bujaru, sobretudo, as que estão nas margens dos igarapés Cravo e Arapiranga, mas a violência, devastação e envenenamento existem igual nos vales dos rios Capim, Acará, Acará-Mirim e Moju com seus respectivos braços ou igarapés.

A BBF chegou na região em meados dos anos de 2003, que vendeu esse projeto como maravilhoso e “bio sustentável” (prática comum dessas multinacionais que se instalam nas terras dos povos tradicionais, enganando e violando os territórios e os direitos das comunidades). Já foi denunciada várias vezes pelos seus crimes ambientais, sem ser punida por isso. E, agora, mais do que nunca, se aproveita do governo Bolsonaro, que é cúmplice de seus novos crimes, visto que tal desgoverno escancarou as portas para “passar a boiada” nas terras indígenas e quilombolas.

Estamos aqui pra dizer que não aceitaremos mais projetos mentirosos e demagogos que vendem enganação para quem nunca pisou na beira de igarapé para saber o que é. Projetos que desconsideram a vida de comunidades quilombolas inteiras, projetos assassinos de gente que diz defender a Amazônia, a sustentabilidade e manda envenenar nossos igarapés, matar nossas águas e destruir nossas matas.

Se vocês se preocupam de fato com a Amazônia procurem conhecer o que acontece nas comunidades que são atingidas por esses projetos, se vocês se preocupam mesmo com Amazônia não acreditem nessas empresas, nessas multinacionais que dizem ter preocupação ambiental, que dizem estarem trazendo maravilhas pra cá, porque é mentira!

Quando essas empresas falarem em “sustentabilidade na Amazônia” não acreditem, desconfiem, porque é mentira, aliás já pegamos nojo desses termos, porque eles só têm servido para escamotear os estragos que esses projetos tem causado na vida das nossas comunidades, dos matos, das águas, dos rios e de nossos igarapés. Essa empresa e esse projeto vendido como sustentável, desmatou, secou e cercou as cabeceiras dos igarapés Cravo e Arapiranga.

Há anos atrás, quando eles cercaram e desmataram a cabeceira do Cravo, as comunidades se mobilizaram e foram lá replantar para não secar, a empresa naquela época com codinome de Biovale ou Biopalma (a troca de nome também parece ser estratégico) mandou passar o trator na replantação das comunidades. Passou o trator e plantou dendê nas cabeceiras do Cravo.

A cabeceira original do igarapé secou, desceu. Ele continuou vivo, mas muito comprometido e agora nesse período de chuva, as comunidades voltam ao desespero porque a empresa está despejando toneladas de venenos e outros rejeitos da produção de palma, atingindo novamente o Arapiranga e o Cravo. Já foi denunciado novamente no Ministério Público pela associação quilombola (ARQUIC), mas a empresa nega que isso esteja acontecendo, embora todo mundo saiba que está, que os peixes estão morrendo aos montes envenenados, que as comunidades nem podem mais usar os igarapés porque podem morrer envenenadas.
Brasil Bio Fuels é o nome da empresa, como dissemos, já tiveram outros nomes, e isso provavelmente é estratégico pois as denúncias no Ministério Público existem desde que era Biovale e Biopalma.

Quem conhece a verdade só falta infartar de ler tanta mentira sobre “sustentabilidade e compromisso com questões ambientais e com as comunidades tradicionais” no site da empresa. Tudo mentira. Nós das comunidades do vale do rio Bujaru, dos igarapés Arapiranga e cravo pedimos ajuda às pessoas de fato preocupada com a Amazônia e com as comunidades rurais que ficam reféns desses projetos de mortes. Pedimos ajuda aqui para fazer isso ganhar visibilidade; pedimos ajuda a políticos, artistas, intelectuais e todo mundo que diz se importar com a vida das comunidades negras, as que se dizem antirracistas, porque isso aqui se trata também de racismo ambiental. A morte e o envenenamento dos igarapés e rio dessa região atinge toda a existência de inúmeras comunidades negras.

Pedimos ajuda a antropólogos, professores, sociólogos, historiadores, geógrafos e etc, gente que tantas vezes teve seus títulos acadêmicos garantidos pelas pesquisas feitas nessas comunidades, agora é hora de dá sua contrapartida. Precisamos fazer que a Brasil Bio Fuels pare de envenenar e secar nossos igarapés, que se comprometa a replantar as cabeceiras dos igarapés, não com palma de dendê que é um monocultivo trazido de fora, mas com as espécies amazônicas mesmo, comuns nas regiões alagadas, espécie como miritizeiro (alguns lugares buritizeiros) que ajuda na recuperação da água. Que pare de matar nossas águas. Pare de nos envenenar. Não seja mentirosa pregando sustentabilidade e envenenando nossos igarapés.

Essas pessoas que pensam esses projetos para a Amazônia não tem a menor noção do que seja a região. Não sabem a importância de um igarapé para a vida das comunidades, aliás nem sabem o que é um igarapé. Pregam que incentivam a agricultura familiar quando na verdade estão desmantelando completamente a verdadeira agricultura familiar das comunidades rurais que vivem na região há centenas de anos, baseada na cultura da roça tradicional.

A Amazônia não é território de monocultivo de dendê, essa cultura não é nossa é uma imposição externa.

Queremos formar um grupo de apoio as comunidades que se transforme num foro. Pedimos ajuda e orientação para as pessoas, ajuda para fazer chegar em quem tem cargos políticos importantes; É preciso mobilizar o que for possível. Não precisa ser ou estar nas comunidades para ajudar. Esse problema diz respeito a todos nós.

Muito se fala nos estragos da mineração nas terras indígenas, mas esse projeto de monocultivo de palma de dendê nas regiões Guajarina e Tocantina é tão genocida quanto, a diferença é que essas regiões são ocupadas em sua maioria por comunidades negras rurais. As comunidades negras rurais e tradicionais amazônicas existem e têm direito a vida e a saúde. Pedimos ajuda contra esses crimes de racismo ambiental. Que a empresa Brasil Bio Fuels pare imediatamente de envenenar os igarapés do vale do rio Bujaru!

ASSINA:
ASSOCIAÇÃO DOS REMANESCENTES DE QUILOMBO DO CRAVO – ARQUIC (CONCÓRDIA DO PARÁ)
ASSOCIAÇÃO DOS REMANESCENTES DE QUILOMBO NOVA ESPERANÇA DE CONCÓRDIA DO PARÁ – ARQUINEC (CONCORDIA DO PA)
ASSOCIAÇÃO DOS REMANESCENTES DE QUILOMBO OXALÁ DE BUJARU – ARQUIOB. (BUJARU PA)
FEQUIPA- FEDERACAO DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO ESTADO DO PARÁ
TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS.
PROFESSORES E PROFESSORAS
ANTROPÓLOGOS E PESQUISADORES
ARTISTAS
ATIVISTAS AMBIENTAIS

Veja o vídeo dos locais contaminados:

“

Tags: denunciamDestaqueempresa Brasil Bio FuelsentidadesenvenenadosigarapésquilombolasRio Bujaru
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