Las Vegas, a cidade das luzes e dos excessos, ganhou neste fim de semana mais um atrativo de peso – literalmente. Uma estátua de Donald Trump, de 13 metros de altura, foi inaugurada na cidade, e não, não estamos falando de um monumento em seu terno característico ou segurando a famosa caneta de executivo. Estamos falando de Trump pelado. Isso mesmo, sem nada para esconder (será?).
A escultura, que pesa modestos 2,7 toneladas e tem uma altura superior a um prédio de quatro andares, é feita de espuma sobre vergalhões, numa obra de engenharia que mistura o surreal com o desconcertante. E como qualquer atração bizarra que se preze, ela não vai ficar só em Vegas. O monumento vai embarcar na chamada “Crooked and Obscene Tour”, uma turnê cheia de classe por diversos estados dos EUA, porque, claro, quem não quer uma visita de Trump nu na sua cidade?
Os organizadores da turnê explicam que retratar Trump como veio ao mundo – bom, não exatamente, mas com algumas adaptações artísticas – “é uma declaração ousada sobre transparência, vulnerabilidade e as personas públicas de figuras políticas”. Claro, quem melhor para simbolizar vulnerabilidade do que um ex-presidente bilionário de pele alaranjada e opiniões igualmente chamativas?
Os criadores do projeto afirmam que a obra visa a provocar reflexões profundas sobre a “transparência – ou a falta dela – na política”. Sim, é isso mesmo: Trump nu foi escolhido para representar transparência. Fica aí a lição de que, aparentemente, se você quer fazer uma crítica à falta de clareza no cenário político, a solução é tirar as roupas da figura pública em questão. Inovador, não é?
Agora, se você acha que esta é a primeira vez que o mundo se depara com o ex-presidente sem suas vestes, se enganou. Em 2016, um coletivo de arte chamado INDECLINE já havia se divertido à custa de Trump ao espalhar estátuas dele nu em várias cidades americanas, num projeto sutilmente intitulado “The Emperor Has No Balls”. Essas primeiras versões em tamanho real do ex-presidente seminu apareceram, como se ninguém fosse notar, em locais como Nova York, Cleveland e São Francisco. Claro, não demorou muito para que as autoridades, com menos senso de humor, as removessem.
Agora, em 2024, a história se repete, mas desta vez em grande estilo – e em escala colossal. Quem diria que um monumento de 13 metros de Trump nu poderia “desafiar os espectadores a pensar criticamente sobre a influência política”? Se tudo mais falhar, pelo menos serve para garantir algumas boas risadas (ou suspiros) ao longo da Crooked and Obscene Tour.
Do Ver-o-Fato, com informações do globo.com/extra
