A enfermeira prisional Amy Murray, de 46 anos, declarou-se culpada e foi condenada na semana passada a 19 anos de prisão pelo homicídio do marido, Joshua Murray, então com 37 anos. O acordo firmado com a Promotoria evitou que Amy recebesse prisão perpétua. O caso foi publicado pelo extra.globo.
Na audiência da última quarta-feira (25/6), ela assumiu culpa por homicídio em segundo grau, incêndio criminoso em segundo grau e adulteração de provas. O caso remonta a dezembro de 2018, quando um incêndio destruiu a residência do casal em Iberia, cidade de 700 habitantes no Missouri. Inicialmente, acreditava-se que Joshua tivesse morrido em consequência das chamas.
A suspeita mudou após a autópsia revelar altas concentrações de anticongelante no organismo da vítima e ferimentos que indicavam morte antes do incêndio. Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado e o Departamento do Xerife do Condado de Miller, também foram encontradas evidências de que um acelerador foi usado para iniciar o fogo. Essas descobertas levaram à prisão de Amy em fevereiro de 2019, três meses depois do crime.
A investigação apontou o motivo passional: Amy mantinha contato frequente com Eugene Claypool, detento que cumpre pena de 25 anos a prisão perpétua por assassinato no Centro Correcional de Jefferson City, onde ela trabalhava como enfermeira. Chamadas telefônicas gravadas revelaram que a ré comentava “não querer estar perto do marido” e chegou a dizer a Claypool que os dois poderiam se casar após a morte de Joshua, porque ele estava “fora de cena”.
Apesar da gravidade das acusações, Amy foi libertada à época mediante fiança de US$ 750 mil (cerca de R$ 4,2 milhões). A defesa alegou que Joshua poderia ter se suicidado ingerindo anticongelante, argumento rejeitado pelo juiz.
Durante o julgamento, a família da vítima se manifestou. Em carta enviada ao tribunal, a tia de Joshua, Sherry Thompson, declarou:
“Josh era um bom marido e pai fiel. Durante anos, Josh teve sua própria empresa de construção e trabalhou duro para sustentar sua família.”
Com a sentença, Amy Murray cumprirá 19 anos atrás das grades, enquanto Eugene Claypool continua preso pelo homicídio cometido anteriormente.
