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Depois de publicar artigo aqui no blog, denunciando o governo paraense e a multinacional Bunge, que por conta de autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) começou a instalar bóias de proteção no Furo do Arrozal, em Barcarena, para atracação de suas barcaças carregadas com soja fora do porto licenciado para tal atividade, o advogado socioambiental Ismael Moraes volta ao assunto, de forma ainda mais contundente, revelando detalhes.
Em entrevista de 16 minutos ao programa “Linha de Tiro” – comandado pelo editor do Ver-o-Fato -, Ismael Moraes acusa a Bunge Alimentos S/A, a maior multinacional do mundo no setor, de agir de forma ilegal na região de Barcarena, causando prejuízos ao meio ambiente e a centenas de ribeirinhos que sobrevivem da pesca.
“Há corrupção nessa relação entre o governo e a Bunge, é caso de polícia. E, também, de Justiça, pois estou ingressando judicialmente com uma nova ação para responsabilizar os autores dessa barbaridade contra comunidades pobres”, explica Moraes ao blog. “Vou processar a Bunge novamente e, agora, também o governo do Estado”, adianta.
Ele lembra que, ano passado, após ingressar com ação civil pública contra a Bunge por ela jogar soja podre no Furo do Arrozal, o juiz Elder Lisboa Ferreira da Costa, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, proibiu a Bunge de atracar suas barcaças no local.
No vídeo (acima), entre outras denúncias graves, o advogado enfatiza que três supostos líderes comunitários da região teriam se “vendido” para a Bunge e não representam as comunidades prejudicadas. “Infelizmente, o Pará foi transformado numa grande lixeira ambiental das multinacionais, e tudo isso graças à conivência de seus atuais governantes”, dispara.
O blog e o “Linha de Tiro” querem ouvir a Bunge e o governo do Estado. Estamos tentando uma entrevista, para que ambos apresentem suas versões das denúncias feitas por Ismael Moraes.
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