Uma execução cruel abalou a pacata cidade de Porto de Moz, no coração do Pará. Adriano Clementino da Silva, de 38 anos, conhecido na região como “Adriano Motos”, foi brutalmente assassinado dentro de sua própria oficina, na Rua D, Bairro Beata, por volta das 15h. O crime, marcado pela frieza e violência, deixa a população em choque e levanta questionamentos sobre a segurança no município.
Segundo relatos de testemunhas, dois homens encapuzados chegaram ao local em uma motocicleta Pop preta, invadiram a oficina e dispararam várias vezes contra Adriano. Atingido na cabeça e no abdômen, ele caiu sem chances de defesa e morreu ainda na calçada, sob os olhares horrorizados de quem passava pelo local. No cenário do crime, a polícia encontrou cinco cápsulas de munição calibre .40, evidenciando a gravidade do ataque.
A Polícia Militar isolou a área rapidamente, enquanto a Polícia Civil deu início às investigações. Uma busca na residência de Adriano, anexa à oficina, foi realizada, mas nenhuma arma ou pista relevante foi encontrada. A ex-companheira da vítima acompanhou os procedimentos, em meio à comoção. A principal hipótese é de que o crime tenha sido uma execução planejada, já que nada foi roubado do estabelecimento.
A motivação, no entanto, permanece um mistério, assim como a identidade dos assassinos.
Natural de Jacundá, Adriano era uma figura conhecida e respeitada em várias cidades da região. Além de mecânico habilidoso, ele se destacava como piloto de motocross, paixão que o tornava uma personalidade carismática e admirada. Seu corpo foi sepultado na manhã desta quarta-feira (18), em Jacundá, onde amigos e familiares prestaram suas últimas homenagens.
Um crime que exige respostas
O assassinato de Adriano Motos não é apenas uma tragédia pessoal, mas um alerta para a escalada da violência em Porto de Moz. A audácia dos criminosos, que agiram em plena luz do dia, em um local movimentado, expõe a vulnerabilidade da população e a urgência por medidas efetivas de segurança.
A execução, com características de acerto de contas, levanta suspeitas sobre possíveis conflitos não revelados, mas também reforça a necessidade de uma investigação rigorosa para identificar e punir os responsáveis.
A Polícia Civil tem o desafio de esclarecer esse caso e devolver a esperança a uma comunidade abalada.