No primeiro dia oficial da corrida pelo Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a chamar a eleição de “luta do bem contra o mal”. Durante encontro com lideranças religiosas em Juiz de Fora (MG), cidade na qual levou uma facada em 2018, o chefe do Executivo também criticou o que chamou de “fechamento de igrejas” na pandemia de covid-19, que exigia isolamento social para evitar o contágio.
“Agradeço a Deus pela minha segunda vida e entendo a missão de ser o chefe do Executivo desta Nação. Fácil não é. Se fosse, não teria dado para um de nós. O Brasil estava à beira do colapso, com problemas éticos, morais e econômicos e marchava, sim, a passos largos para o socialismo”, declarou Bolsonaro, acompanhado da primeira-dama Michelle e do ex-ministro Walter Braga Netto (PL), candidato a vice na chapa da reeleição.
Ao falar sobre a corrida eleitoral, Bolsonaro disse que há uma “batalha enorme” pela frente. “Nós sabemos da luta do bem contra o mal. Nós aqui sempre pregamos e defendemos a liberdade absoluta. Se uma pessoa se sentir ofendida, que vá à Justiça, mas não podemos criar leis, como a de fake news”, afirmou o presidente, em referência a um projeto no Congresso que prevê punições para a divulgação de informações falsas.
Bolsonaro também disse que igrejas foram fechadas durante a pandemia de covid-19. Aliados do chefe do Executivo têm espalhado nas redes sociais que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fecharia estabelecimentos religiosos se eleito para comandar o País. “Vocês sentiram um pouquinho de ditadura aqui durante a pandemia Igrejas, por exemplo, sendo fechadas, pessoas sendo proibidas de trabalhar, alguns mandando prender até quem estava na praia”, disse.
O presidente ainda fez um discurso no local “exato” onde sofreu o atentado a faca em 2018, na Rua Halfeld, na região central de Juiz de Fora. O comitê da reeleição quer passar a ideia de “renascimento” de Bolsonaro, tanto do ponto de vista religioso quanto nas pesquisas de intenção de voto. Levantamento do Ipec, divulgado ontem, mostrou o Lula em primeiro lugar, com 44%. Bolsonaro marcou 32%.
Esquina da facada
No primeiro discurso oficial de campanha na corrida pelo Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a convocar os apoiadores a irem às ruas “pela última vez” no dia 7 de setembro. Em ato na esquina em que sofreu uma facada em 2018, no centro de Juiz de Fora (MG), o presidente afirmou que “dará a vida” pelos brasileiros.
“Vivemos sem liberdade. No próximo dia 7 de setembro, vamos todos para a rua pela última vez. Num primeiro momento, por nossa independência e, em segundo, pela nossa liberdade. Juro dar a vida pelo nosso povo”, disse.
Ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro e de candidatos mineiros ao Congresso Nacional, Bolsonaro relembrou o atentado que sofreu durante a campanha presidencial de 2018 e fez acenos a evangélicos e mulheres. “Ao lado de um grande homem, sempre existe uma grande mulher”, disse, antes de pedir que Michelle discurse aos presentes.
“Estamos dando a largada (da campanha) onde tentaram nos parar em 2018”, afirmou o presidente, em referência à facada. O comitê da reeleição quer passar a ideia de “renascimento” de Bolsonaro, tanto do ponto de vista religioso quanto nas pesquisas de intenção de voto. (AE)















