Com 51,76% dos votos válidos contra 48,24% do adversário, o candidato do Psol, Edmilson Rodrigues, foi eleito para o terceiro mandato à prefeitura de Belém. Ele já havia governado a cidade por dois mandatos consecutivos, entre 1997 e 2004, quando era filiado ao PT. Em entrevista, garantiu que seu primeiro ato de governo será destinar R$ 450 de auxílio emergencial às famílias pobres.
Nas urnas, Edmilson obteve um total de 390.723 votos, contra 364.095 de Eguchi, com diferença um pouco acima de 26 mil votos. A disputa em Belém neste segundo turno teve um total de 754.574 votos válidos, 15.890 brancos e 29.282 nulos, além de 209.654 abstenções, que representaram (20,77%).
A diferença acima de três pontos percentuais de Edmilson sobre o candidato Everaldo Eguchi (Patriota) contrariou as projeções feitas pelo Ibope, que ontem à noite deu 58% para Edmilson e 42% para Eguchi. Considerado o maior instituto de pesquisas eleitorais do país, o Ibope acertou na eleição do candidato, mas errou feio nos números, ao mencionar diferença de 16 pontos.
Outra projeção contrariada pela manifestação das urnas foi a do Instituto Acertar, cuja pesquisa apontou 58.3% para Edmilson e 41,7% para Eguchi. Ainda no sábado à noite, o Instituto Doxa foi quem mais se aproximou do resultado de hoje, dando empate técnico entre os dois candidatos, embora com 49,8% para Edmilson e 50,2% para Eguchi.
Após o fechamento das urnas, partidários da coligação que apoia o psolista saíram às ruas para comemorar a vitória, soltando fogos e fazendo buzinaço pela cidade. Em declarações à imprensa, Edmilson disse que a vitória dele foi a “vitória do povo, com respeito aos adversários e aos eleitores do adversário”, acrescentando que a capital paraense é uma “cidade muito desigual”. Segundo ele, será preciso “somar esforços para combater os problemas de Belém”.
Auxílio de R$ 450
Em tom conciliador e diferente das manifestações da campanha eleitoral, o novo prefeito informou já ter procurado o governador Helder Barbalho, deputados e vereadores para projetos que possam contribuir com a futura gestão. Perguntado quais seriam suas primeiras ações no cargo de prefeito, já a partir de janeiro próximo, Edmilson afirmou que irá por em prática o projeto “bora Belém”, que pretende dar um auxílio emergencial de R$ 450 para famílias pobres da cidade .
De onde sairá o dinheiro? O prefeito eleito respondeu que fará um “remanejamento de recursos do orçamento, que não é muito, para priorizar e cumprir com a nossa palavra”. E completou: “sabemos que nesse momento há muitas crianças passando fome, por isso precisamos fazer ações imediatas. Mesmo quem votou no meu adversário quer uma Belém sem fome, sem miséria e nós vamos trabalhar para combater isso e o desemprego”.
O governador Helder Barbalho (MDB), durante manifestação pelas redes sociais no começo da noite, disse ter conversado com Edmilson por telefone, oferecendo toda a ajuda do Estado que for necessária. “Acabo de falar com o prefeito eleito de Belém, que 2021 seja o começo de uma grande parceria para o desenvolvimento da cidade. Contem comigo e com o Governo do Estado do Pará. Parabéns!”.
Por sua vez, Everaldo Eguchi, o candidato derrotado, garantiu que irá seguir a trajetória política, embora sem dizer qual o cargo que pretende disputar em 2022.
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