O Remo recebeu o Aparecidense no Mangueirão e saiu de lá com a vitória tão almejada, entrando no G8 da competição. O jogo começou com o Aparecidense dominando completamente a partida, criando uma chance atrás da outra e empilhando gols perdidos. Enquanto o Remo apático e acuado não conseguia fazer nada, a não ser rezar para que a primeira etapa acabasse. E as orações surtiram efeito.
Veio o segundo tempo e também quem apareceu foi Pedro Vitor. O meia marcou no início da etapa e tudo mudou. O clima das arquibancadas mudou e a tranquilidade azulina era nítida. Depois do gol o Remo se fechou com muita competência e não deixou mais os goianos jogarem e quase ampliou. No fim, a vitória muito comemorada.
Clube do Remo e Aparecidense se enfrentam na noite (20h) desta segunda-feira (5), dia 05, no estádio Mangueirão, em Belém, pela 16ª rodada da série C do Campeonato Brasileiro. O Leão entrou em campo a três pontos do G8, ou seja, não poderia tropeçar de jeito nenhum nessa altura do campeonato, senão os planos do azulino de voltar à série B poderiam ir por água abaixo.
O adversário foi o desesperado Aparecidense que começou a rodada no Z4 e pontuar seria a única coisa nos planos do clube.
O jogo começou e o Remo veio apagado, sem brilho. O adversário não respeitou o Leão e foi pra cima em pleno Mangueirão. Com esse cenário a Aparecidense teve o primeiro grande momento do jogo. Aos 5 minutos, Emanuel recebeu a bola livre, dentro da pequena área, o atacante finalizou, mas Marcelo Rangel operou um milagre e salvou o Leão.
Só o Camaleão jogava, estava soltinho no Mangueirão. Enquanto o Remo só assistia. Aos 14 minutos, Emanuel cruzou para Juninho livre, dentro da área mandar de cabeça, de peixinho, mas de novo Marcelo Rangel defendeu. O Leão estava apático.
O Remo não fazia nada, aliás, só fazia besteira. Aos 23, em saída errada de Ligger, a bola sobrou para Rubens, que na cara do gol não conseguiu finalizar. O Remo pulou outra fogueira na partida.
E depois de colecionar chances criadas e empilhar chances perdidas o Aparecidense começou a errar passes e o Remo cresceu na partida. E com isso o Leão criou a sua primeira grande chance, mas só aos 43. Marco Antônio recebeu na esquerda do ataque, cortou o marcador, entrou na área e mandou no travessão. Quase o Remo abriu o placar.
E depois disso o juiz apitou o fim do primeiro tempo. Foram 45 minutos de domínio da Aparecidense que não conseguiu abrir o placar. Pelo número de chances criadas era pra ter feito ao menos um gol. Já o Leão foi irreconhecível, não jogou nada e foi para o vestiário sob vaias e protestos da torcida.
Melhor e imponente
O segundo tempo começou diferente, com o Remo mais esperto e tendo a primeira grande oportunidade desta etapa. Logo no primeiro minuto, Pedro Vitor, que tinha acabado de entrar, recebeu a redonda na entrada da área, cortou o zagueiro e bateu no cantinho, a bola passou raspando a trave. O jogo começou outro.
De novo Pedro Vitor. O meia recebeu grande lançamento, percorreu o campo de ataque, entortou o zagueiro e deu um toquinho por cima do goleiro. Um golaço. O jogo mudou da água para o vinho. A torcida que terminou o primeiro tempo protestando, começou o segundo tempo festejando. 1 a 0.
O Remo estava melhor e a Aparecidense não conseguia ter a mesma performance e postura da primeira etapa. A equipe goiana tentava pressionar, mas encontrava um Leão mais bem postado e não conseguia furar a defesa remista. O Leão se postou de forma reativa depois do gol e começou a armar um contra-ataque atrás do outro.
A tônica da segunda etapa não mudava. A Aparecidense desesperada, desorganizada e sem o ímpeto da primeira etapa, buscava o tempo inteiro o gol, mas não conseguia furar a defesa azulina. Enquanto o Remo, tranquilo com o placar favorável, se defendia sem grandes sustos e tentava ataques nos erros dos goianos.
E neste cenário o jogo se estendeu até o fim. Foi uma etapa bem diferente da primeira, o Remo cresceu, muito pela entrada de Pedro Vitor, que fez o gol, mudou o jogo e mudou o clima do Mangueirão, incendiado a torcida. Foi um placar injusto para o que foi o jogo, mas no futebol a competência e a bola na rede é que contam, principalmente na reta final de qualquer competição.
Escalações:
Remo: Marcelo Rangel, Diogo Batista (Vidal), João Afonso, Ligger, Sávio, Bruno Silva (Paulinho Curuá), Jaderson, Pavani (Adson), Kelvin (Pedro Vitor), Marco Antônio e Ribamar. Técnico: Rodrigo Santana.
Aparecidense: Matheus Alves, Genilson, Wanderley, Maurício, Luan Martins, Guilher Nunes, Du Fernandes, Rubens, Juninho (Robert), Emanuel (Rodrigues) e Falcão (Cauari). Técnico: Emerson Ávila.
MELHORES MOMENTOS E GOL: