A justiça paraense manteve a prisão preventiva da paranaense Thais Aliandra Antônio, presa em flagrante em março deste ano por atropelar e matar três pessoas, sendo o pai e dois filhos menores, que estavam em uma bicicleta. O fato aconteceu em Dom Eliseu, na região do Rio Capim e a motorista foi acusada de estar bêbada na hora do atropelamento.
Os integrantes da seção de direito penal do Tribunal de Justiça do Pará negaram o pedido de liberdade em habeas-corpus requerido pela defesa da acusada, que alegou a falta de fundamentação da prisão, que foi convertida em preventiva, mas o relator do habeas-corpus, desembargador Milton Nobre, rechaçou o argumento, entendendo que a medida preventiva está fundamentada na garantia da ordem pública.
De acordo com o processo, o atropelamento ocorreu na avenida JK de Oliveira, na cidade de Dom Eliseu. Testemunhas informaram que Thais estaria dirigindo sob efeito de álcool e colidiu com a bicicleta, atingindo três pessoas, sendo que duas morreram no local e outra foi socorrida, mas também não resistiu.
A motorista, que estava com a carteira de habilitação vencida desde 2018, não prestou socorro às vítimas e fugiu do local, mas foi encontrada pela polícia e submetida a exame de alcoolemia, constatando-se o estado de embriaguez.
O caso
Thais Aliandra Antonio, 28 anos, natural de Rolândia, no Paraná, foi presa no início da noite de 13 de março deste ano (sexta-feira), depois de atropelar um homem e duas crianças e fugir sem prestar socorro. O atropelamento aconteceu na cidade de Dom Eliseu, no nordeste do Pará, cidade a 330 km de Belém.
O homem e uma das crianças morreram na hora. A outra criança chegou a ser levada para Paragominas, a 160 km de Dom Eliseu, mas também veio a falecer ao dar entrada na UPA daquela cidade.
De acordo com informações colhidas na cidade, morreram Creudivan Oliveira de Araújo, 40 anos, Kaiky Silva Santos, 8 anos, e Luiz Fernando da Silva Pereira, 11 anos. Luiz Fernando foi levado para Paragominas, mas veio a óbito.
Creudivan era professor da escola de futebol da Prefeitura de Dom Eliseu e bem conhecido na cidade. Ele e as crianças voltavam da quadra da cidade, a qual estavam arrumando para um evento esportivo. A mesma quadra foi usada para o velório dos três.
O carro usado por Thais, um Kia, ainda estava com placas de Rolândia e ela estava embriagada no momento do acidente. Depois de presa, a rolandense teve que ser transferida para a cadeia de Paragominas com urgência para não ser linchada pela população que se aglomerava em frente à delegacia de Dom Eliseu.
O prefeito de Dom Eliseu, Ayeso Gaston, decretou luto por três dias no município.
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