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Home Cultura

Doces sonhos de crianças, de Belém, nos anos 50/60

Oswaldo Coimbra por Oswaldo Coimbra
15/06/2025
in Cultura
Doces sonhos de crianças, de Belém, nos anos 50/60

(Ilustração: uma caixa de “Sortimento Rico”, da Palmeira)

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Quem foi criança em Belém, nos já longínquos anos de 1950 e 1960, deve se lembrar do impacto causado em sua imaginação pela construção do edifício Manuel Pinto da Silva.

O prédio, um dos mais altos do país e até do mundo, havia levado os adultos da cidade a uma espécie de delírio coletivo.

E isto teria de se refletir, de algum modo, na população infantil.

Como, por exemplo, através de uma piadinha, com a qual as crianças se divertiam, num jogo de palavras, em que empregavam os vocábulos “edifício” e um sinônimo, “arranha-céu”, hoje, em desuso.

Uma criança perguntava para a outra:

– Sabe como surgiu o nome deste prédio alto?

Se ela respondesse “não’, aquela criança contava esta historinha:

– Um amigo do dono deste novo prédio prometeu a ele construir um outro prédio tão alto que iria furar o céu. Por isto, iria chamá-lo de arranha-céu. Tentou, tentou. E não conseguiu. Teve, então, de admitir: – É difício Manuel Pinto da Silva.  Foi esta desistência do amigo que deu nome ao prédio novo.

Não era somente, porém, o Manuel Pinto da Silva que servia de motivo para as crianças se divertirem.

Em outros prédios como o Piedade e o Renascença elas podiam experimentar sensações antes desconhecidas na cidade: a de olhar Belém do alto, e, a de usar elevador.

Fora destes prédios, outros estímulos recebidos por ela igualmente as encantavam.

Por exemplo, nas oficinas de sapataria.

Nelas, se defrontavam com páginas da Revista Cruzeiro, pregadas nas paredes, com as charges de Péricles.

E, nas charges, reencontravam o personagem Amigo da Onça.

Já outras oportunidades de diversão surgiam inesperadamente, em Belém.

O bambolê, por exemplo, um círculo de plástico, que passou a ser vendido nas lojas.

As crianças aprendiam a rodá-lo em volta de seus corpos, sem pôr as mãos nele, apenas movimentando as cinturas.

Como o bambolê, de repente surgia o Museu de Cera.

O hipnotizador Fassman.

O faquir conhecido como “O Homem de Prego”.

“O Globo da Morte” do Circo Garcia.

Afora isto, nas ruas, passavam personagens divertidos, conhecidos em vários bairros.

O vendedor de mingau com seu bordão: – “Olha o iô, iô, iô. Vái passando!

O “Espanhol”.

O “Cheira Éter”.

A “Maria dos Gatos”.

Em casa, outras diversões aguardavam as crianças.

Como o cultivo do gosto pelas coleções.

De flâmulas, para decorar quartos.

De figurinhas, como as do álbum “As 20 mil léguas submarinas”.

De brindes oferecidos por fábricas de refrigerantes, como as pequenas figuras de plástico: Bambi, Frajola, Grilo Falante.

De tampinhas de refrigerantes: Grapette, Guarasuco, Guaraná Soberano.

 De invólucros de cigarro: Casablanca, King.

Nas casas, também havia como se divertir.

Nos aparelhos de rádios, com as radionovelas como “Jerônimo, o herói do sertão”.

Com os programas de auditório que recebiam cantores famosos: Anísio Silva, Nelson Gonçalves, Miltinho, Bienvenido Granda.

Perto das casas, havia os cinemas.

Guarani, São João, Moderno, Olímpia, Cine Palácio.

Neles, filmes em SuperScope, Eastmancolor, CinemaScope, SuperVision, MetroScope, Technicolor.

Que permitiam às crianças reencontrarem atores e atrizes amados por elas.

Oscarito, Cyl Farney, Zé Trindade, Sonia Mamede, Joselito, Libertad Larmarque, Jerry Lewis,Charlton Heston, YulBrynner,  Aland Ladd, Gary Cooper, Victor Mature, Henry Fonda, Kirk Douglas, Marilyn Monroe, Gina Lollobrígida, Brigit Bardot, Jack Palance, Doris Day, Anthony Quinn, Lana Turner, Tony Curtis, Marlon  Brando, Anthony Perkins, Frankie Avalon.

Quando uma criança comemorava seu aniversário, poderia surgir um bailinho.

E, nele, tocar Alberto Mota e Seu Conjunto.

Então, se ouvia o hit “Dona Baratinha”.

“Dona Baratinha vasculhava seu salão, quando, de repente, tropeçou. Era um tostão. De alegria começou a rebolar e a cantar porque ela estava rica e queria se casar”.

Se a família da criança dispusesse de recursos para viagens em aviões, ela poderia experimentar a sensação de entrar num Super Constellation, da Real Aerovias Nacional, do Skymaster, do Loide Aéreo.

Ou numa aeronave dos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul.

Mais rasteiramente, no entanto, havia a possibilidade, para um maior número de crianças, de passear no centro comercial, com os pais.

Quando iam à Casa Âncora, à Casa das Fazendas, à Miguel Sauma, à Casa Bangu, à Casa Ouvidor, à Loja Magazine 3.900, à O Mundo Elegante; à Casa das Canetas; à Loja Salevy.

Era divertido, ver mãe e pai querendo comprar máquinas de costura Vigorelli e Singer, Vermouth Gancia, bicicleta Gulliver,  fogão Butano,  moto Gullivette e a calça Far West.

Mas o que transportava mesmo as crianças de Belém para os sonhos mais excitantes eram os anúncios da Fábrica de Biscoitos Palmeira.

Como o da caixa “Sortimento Rico”:

“Uma rica coleção de vários tipos dos mais saborosos biscoitos. Distintamente apresentada, constitui um belo e elegante presente

E, no Natal, os anúncios de suas cestas.

Onde havia Pão de Ló, castanhas, nozes, figos, passas, amêndoas, ameixas, tâmaras, queijos, fiambres.

E, ainda, cerejas e, uvas, conservas de qualidade, bombons finos, fantasias de chocolates, doces e pastéis, bolo inglês, biscoitos finos, caramelos recheados, frutas cristalizadas, doces em massa, tortas e pudins.

E, para os pais, vinhos finíssimos, champanhes e licores de marca.

*Oswaldo Coimbra é escritor e jornalista

Translation (tradução)

Sweet Dreams of Children in Belém, in the 1950s/60s

Those who were children in Belém during the now-distant 1950s and 1960s must remember the impact that the construction of the Manuel Pinto da Silva building had on their imagination.

The building, one of the tallest in the country and even in the world, had driven the city’s adults into a kind of collective frenzy.

And this, in some way, was bound to be reflected in the children.

For example, through a little joke that kids enjoyed, playing with words, using the terms “edifício” (building) and a synonym, “arranha-céu” (skyscraper), now outdated.

One child would ask another:

“Do you know how this tall building got its name?”

If the other replied “no,” the child would tell this little story:

“A friend of the owner of this new building promised to build another one so tall it would pierce the sky. That’s why he’d call it a skyscraper (arranha-céu). He tried and tried but failed. So, he had to admit: ‘It’s difícil (difficult) Manuel Pinto da Silva.’ It was this friend’s giving up that named the new building.”

However, it wasn’t just the Manuel Pinto da Silva building that provided amusement for the children.

In other buildings, like the Piedade and the Renascença, they could experience sensations previously unknown in the city: looking at Belém from above and riding an elevator.

Outside these buildings, other stimuli equally enchanted them.

For example, in shoemaking workshops.

There, they came across pages from Revista Cruzeiro pinned to the walls, featuring Péricles’ cartoons.

And in those cartoons, they rediscovered the character Amigo da Onça.

Other opportunities for fun arose unexpectedly in Belém.

The hula hoop, for instance, a plastic circle sold in stores.

Children learned to spin it around their bodies without touching it, just by moving their hips.

Like the hula hoop, the Wax Museum suddenly appeared.

The hypnotist Fassman.

The fakir known as “The Nail Man.”

“The Globe of Death” from the Garcia Circus.

Beyond this, on the streets, amusing characters known in various neighborhoods would pass by.

The porridge vendor with his catchphrase: “Here’s the yo, yo, yo. Keep passing by!”

“The Spaniard.”

“The Ether Sniffer.”

“Maria of the Cats.”

At home, other forms of entertainment awaited the children.

Like cultivating a taste for collections.

Of pennants, to decorate their rooms.

Of trading cards, like those from the “20,000 Leagues Under the Sea” album.

Of trinkets offered by soda companies, such as small plastic figures: Bambi, Sylvester, Jiminy Cricket.

Of bottle caps from sodas: Grapette, Guarasuco, Guaraná Soberano.

Of cigarette pack wrappers: Casablanca, King.

At home, there were also ways to have fun.

On radios, with soap operas like “Jerônimo, the Hero of the Backlands.”

With live audience shows featuring famous singers: Anísio Silva, Nelson Gonçalves, Miltinho, Bienvenido Granda.

Near their homes were the cinemas.

Guarani, São João, Moderno, Olímpia, Cine Palácio.

In them, films in SuperScope, Eastmancolor, CinemaScope, SuperVision, MetroScope, Technicolor.

Which allowed children to reconnect with beloved actors and actresses.

Oscarito, Cyl Farney, Zé Trindade, Sonia Mamede, Joselito, Libertad Lamarque, Jerry Lewis, Charlton Heston, Yul Brynner, Alan Ladd, Gary Cooper, Victor Mature, Henry Fonda, Kirk Douglas, Marilyn Monroe, Gina Lollobrigida, Brigitte Bardot, Jack Palance, Doris Day, Anthony Quinn, Lana Turner, Tony Curtis, Marlon Brando, Anthony Perkins, Frankie Avalon.

When a child celebrated their birthday, a little dance party might happen.

And at it, Alberto Mota and His Band might play.

Then, you’d hear the hit “Dona Baratinha.”

“Dona Baratinha was sweeping her salon when, suddenly, she tripped. It was a penny. Overjoyed, she began to dance and sing because she was rich and wanted to get married.”

If a child’s family had the means for plane trips, they could experience the thrill of boarding a Super Constellation from Real Aerovias Nacional, a Skymaster from Loide Aéreo.

Or an aircraft from Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul.

More commonly, however, many children had the chance to stroll through the commercial district with their parents.

When they went to Casa Âncora, Casa das Fazendas, Miguel Sauma, Casa Bangu, Casa Ouvidor, Loja Magazine 3.900, O Mundo Elegante, Casa das Canetas, Loja Salevy.

It was fun to watch their parents wanting to buy Vigorelli and Singer sewing machines, Gancia Vermouth, Gulliver bicycles, Butano stoves, Gullivette motorcycles, and Far West pants.

But what truly transported Belém’s children to the most exciting dreams were the advertisements from the Palmeira Biscuit Factory.

Like the one for the “Sortimento Rico” box:

“A rich collection of various types of the most delicious biscuits. Elegantly presented, it makes a beautiful and sophisticated gift.”

And at Christmas, the ads for their baskets.

Which included sponge cake, chestnuts, walnuts, figs, raisins, almonds, prunes, dates, cheeses, and cold cuts.

And also cherries, grapes, high-quality preserves, fine chocolates, chocolate fantasies, candies and pastries, English cake, fine biscuits, filled caramels, crystallized fruits, fudge, tarts, and puddings.

And for the parents, the finest wines, champagnes, and branded liqueurs.

  • Oswaldo Coimbra is a writer and journalist

(Illustration: a “Sortimento Rico” box from Palmeira)

Tags: anos 50 e 60crianças de BelémDestaquedoces sonhosOswaldo Coimbra
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Oswaldo Coimbra é escritor, jornalista e pesquisador.

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