Um dos maiores nomes do jornalismo esportivo e televisivo do Pará, pela qualidade do trabalho e a independência em dizer o que pensava, Ronaldo Porto, não está mais entre nós, fisicamente. Abatido pela Covid-19 e após mais de um mês em tratamento hospitalar, ele faleceu na manhã deste domingo. Deixa sob o desconsolo uma legião de amigos e admiradores por tudo o que fez pela comunicação paraense.
Ronaldo passou pela Rádio Marajoara e outros veículos, mas sua marca registrada foi como radialista, narrador e apresentador, do Grupo RBA e Rádio Clube, por mais de 30 anos. Segundo o boletim médico divulgado no sábado (13), a pressão arterial do jornalista dele voltou a ter quedas significativas, obrigando a equipe médica a fazer medicações mais fortes. As plaquetas também caíram muito e os leucócitos estão em 3 mil, muito abaixo do mínimo indicado.
Também no sábado, foi detectado que seu sangue estava com alto grau de acidez e que ele estava utilizando 100% do oxigênio fornecido pelos aparelhos. Já não era mais possível fazer hemodiálise como deveria em função da pressão.
O “40 graus da Rádio Clube”, piorou bastante e não resistiu às complicações da doença que já vitimou quase 280 mil pessoas no Brasil desde o ano passado.
Ronaldo Porto era bacharel em direito e também atuou como professor universitário. Começou sua carreira na comunicação em 1969 produzindo reportagens para a Rádio Marajoara.
Esteve à frente da cobertura de alguns eventos de âmbito internacional pela Rádio Clube e, atualmente, apresentava programas na TV RBA e também atuava em diversas coberturas esportivas.
Com locução excelente, foi o responsável pela narração de dois dos maiores feitos dos gigantes clubes da Amazônia: narrou, em 1997, a partida que marcou o tabu de 33 jogos do Clube do Remo diante do Paysandu e, em 2003, a história vitória do Papão contra o Boca Juniors em La Bombonera, pela Libertadores.
Veja e ouça esses momentos históricos
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