Um crime revoltante chocou a zona rural do município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará. No último final de semana, por volta das 21h30, um homem identificado como Edinho Oliveira da Silva foi preso em flagrante após ser acusado de disparar uma arma de fogo contra três crianças que estavam apenas brincando e pescando em um igarapé próximo à vicinal Corringas, no Assentamento Terra Nossa, região da Vila Isol.
A denúncia foi feita por uma moradora da área, identificada pelas iniciais E.S.M., mãe das vítimas. Segundo ela relatou à Polícia Militar, seus três filhos — todos menores de idade — estavam pescando quando ouviram um tiro em sua direção. O autor do disparo teria sido Edinho, que, por motivos ainda não esclarecidos, atirou deliberadamente contra as crianças. Um ato covarde e criminoso que por pouco não terminou em tragédia.
Felizmente, nenhuma das crianças foi atingida. Ainda assim, o episódio configura um atentado inaceitável contra a integridade de menores indefesos.
A equipe do 113º Posto Policial Destacado da Vila Isol agiu com rapidez e se dirigiu imediatamente ao local. Os policiais encontraram o suspeito em sua residência e apreenderam uma espingarda calibre 20, com três munições intactas e uma deflagrada, possivelmente usada no disparo contra os garotos.
Edinho Oliveira da Silva foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Novo Progresso, onde permanece à disposição da Justiça. O caso será investigado para esclarecer as circunstâncias e a motivação do ato criminoso.
Trata-se de uma grave violação dos direitos das crianças e de um sinal de alerta para a violência que ainda persiste em áreas rurais, muitas vezes longe do alcance dos olhos do Estado. Não se trata apenas de uma infração penal, mas de um atentado brutal à infância — e à própria noção de civilidade.
O jornal Folha do Progresso, que noticiou o caso, destaca que os moradores da comunidade ficaram estarrecidos com o ocorrido e exigem punição exemplar ao autor do disparo. A Polícia Civil agora tem a responsabilidade de conduzir a investigação com rigor, para que a impunidade não seja mais uma violência contra essas crianças.