O corpo de Kellen Thaynara, jovem que havia desaparecido durante um passeio de lancha na região da Ilha do Combu, em Belém, foi encontrado na manhã desta terça-feira (17) pelo Corpo de Bombeiros, na baía do Guajará. O caso, que já vinha gerando grande comoção, se desdobrou em um cenário de tensão e questionamentos, com amigos e familiares cobrando respostas sobre as circunstâncias do desaparecimento.
Kellen estava em uma lancha com outras cinco pessoas na tarde de segunda-feira (16/12). O grupo parou em um bar flutuante na região para beber e, segundo uma testemunha, a jovem teria descido para se banhar no rio, momento em que foi levada pela correnteza. A versão apresentada por essa testemunha, no entanto, tem sido contestada pelos amigos da vítima, que apontam inconsistências nos relatos dos presentes.
Amigos e familiares da vítima foram até o local e houve bate-boca com as pessoas que também estavam na lancha. Os amigos não concordam com a versão dada e prometem fazer justiça através do meios legais. “É sacanagem o que vocês fizeram”, diz um dos amigos para mulheres que teriam presenciado o suposto afogamento.
Desde as primeiras horas desta terça-feira, equipes do Corpo de Bombeiros e da Companhia Independente de Policiamento Fluvial (CIPFLU) realizaram buscas intensas na região da baía do Guajará. Os amigos ainda marcaram buscas por conta própria, mas o desfecho foi trágico na manhã de hoje, quando o corpo da jovem foi localizado.
As cinco pessoas que estavam na lancha com Kellen — o proprietário da embarcação, o marinheiro, um conhecido que teria chamado a jovem para o passeio e mais duas mulheres — foram conduzidas à delegacia para prestar depoimento. A polícia busca entender o que de fato ocorreu, analisando a dinâmica dos acontecimentos e as contradições apontadas pelas testemunhas.
Amigos e familiares de Kellen Thaynara demonstram profunda tristeza e indignação com o desfecho do caso. Eles cobram uma investigação rigorosa para que as causas do desaparecimento e morte da jovem sejam esclarecidas. “Não faz sentido. Queremos justiça e respostas. Algo muito estranho aconteceu”, relatou um amigo próximo da vítima.
O caso continua em investigação pela Polícia Civil, que deverá ouvir novos depoimentos e analisar informações detalhadas sobre o momento do desaparecimento. A tragédia reforça a necessidade de segurança e fiscalização em atividades recreativas na região da baía do Guajará, amplamente frequentada por moradores e turistas.